Sábado, 19 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 26 de março de 2021
O Estado de São Paulo registrou nesta sexta-feira (26) um total de 2.392.374 casos de contaminação pela covid-19 e 70.696 mortes pela doença. Entre a quinta (25), e esta sexta, foram contabilizados 21.489 novos casos, aumento de 0,91% em 24 horas, e 1.193 novas mortes, alta de 1,72% e recorde para o registro em um único dia, superando a marca da terça-feira (23), de 1.021 óbitos.
No início da semana, o secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Carlo Gorinchteyn, havia atribuído o alto número de mortes ao represamento de dados durante o fim de semana. Segundo afirmou nesta sexta, o número de vítimas fatais “ainda reflete aportes da semana anterior”.
De acordo com dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), o Estado registra alta na variação semanal – comparativo entre os sete últimos dias e os sete anteriores – de 12,6% em novos casos.
Novos óbitos avançaram 5,0% e novas internações apresentaram alta de 14,9%. Na Região Metropolitana de São Paulo, novos casos avançam 14,9%, novos óbitos, 5,7% e novas internações, 15,0%.
Butanvac
O Butantan informou ter protocolado na noite desta sexta, na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o pedido para iniciar os testes clínicos da Butanvac, nova candidata a vacina contra a covid, desenvolvida pelo instituto.
O anúncio da criação do imunizante foi feito pelo Butantan na manhã desta sexta. Ele é produzido com matéria-prima nacional, sem necessidade de importação de insumos.
Segundo o instituto, a Butanvac faz parte de uma segunda geração de vacinas contra a covid e leva em conta as variantes, como da P1, que é brasileira. A tecnologia usada é a mesma da vacina contra a gripe.
A expectativa do instituto é a de que, uma vez concedida a autorização pela Anvisa, os testes possam ser realizados já em abril.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que autorizou o início da produção para maio e projetou o início da vacinação para julho deste ano.
O diretor do Butantan, Dimas Covas, diz que a Butanvac faz parte de uma nova geração de imunizantes. Ele acredita que a fase de testes possa ser mais rápida, o que permitiria iniciar a vacinação no curto prazo.
“Nós aprendemos com as vacinas anteriores, já sabemos o que é uma boa vacina contra a covid-19. Essa será uma vacina de segunda geração, mais imunogênica”, disse o diretor. Entretanto, as doses só poderão ser usadas após liberação da Anvisa.
Fases 1 e 2
Segundo Dimas Covas, a Butanvac começou a ser produzida há exatamente um ano, em 26 de março de 2020. O imunizante foi desenvolvido com matéria-prima brasileira e a mesma tecnologia usada na vacina da gripe.
A vacina foi produzida em ovos e se utiliza da estrutura básica de um vírus que infecta aves. O vírus é modificado geneticamente e desenvolve a proteína S, que o coronavírus usa para infectar as células humanas.
Dimas Covas defendeu que o desenvolvimento já levou em conta a variante brasileira, P1, e que o imunizante demonstrou oferecer uma resposta imune maior do que as vacinas atuais.
O diretor do Butantan afirmou que a vacina foi enviada para outros países na fase pré-clínica, e que os testes feitos em animais apontaram resultados excelentes.
Entretanto, nenhum detalhe dos estudos foi apresentado durante a coletiva de imprensa. O instituto também não destacou quem será o público-alvo dos testes clínicos realizados no País caso a Anvisa aprove.