Segunda-feira, 21 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 11 de junho de 2020
O anúncio foi feito pelo governo de São Paulo
Foto: ReproduçãoO governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou, nesta quinta-feira (11), que o Instituto Butantan será parceiro de um laboratório chinês na produção de uma vacina contra o coronavírus que está em fase final de testes.
“Hoje é um dia histórico para São Paulo e para o Brasil, assim como para a ciência mundial. O Instituto Butantã fechou acordo de tecnologia com a gigante farmacêutica Sinovac Biotec para a produção da vacina contra o coronavírus. Os estudos indicam que ela estará disponível no primeiro semestre de 2021, ou seja, até junho do próximo ano. E com essa vacina nós poderemos imunizar milhões de brasileiros”, disse Doria em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.
Segundo o governo paulista, a empresa fornecerá ao Instituto Butantan as doses da vacina para a realização de testes clínicos da fase 3 em voluntários no Brasil.
“O acordo prevê a participação de São Paulo na realização de testes clínicos dessa vacina, com o acompanhamento de 9 mil voluntários brasileiros a partir do próximo mês de julho, dentro, portanto, de três semanas, 9 mil voluntários já estarão sendo testados aqui no Brasil”, afirmou o governador.
Ainda segundo Doria, outros acordos com a Sinovac estão sendo feitos para garantir o fornecimento do produto ao País enquanto a tecnologia de produção da vacina é transferida para o Butantan. Se bem sucedida nos testes, a vacina poderá ser produzida nacionalmente e disponibilizada aos brasileiros.
Os estudos clínicos no Brasil serão iniciados após a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e dos comitês de ética em pesquisa.
A vacina da Sinovac Biotech já foi aprovada para testes clínicos na China. Ela usa uma versão do vírus inativado. Isso quer dizer que não há a presença do coronavírus Sars-Cov-2 vivo na solução, o que reduz os riscos desse tipo de imunização.