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Brasil São Paulo restringe atividades aos fins de semana

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Nos dias de semana, medida vale a partir das 20h.

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Nos dias de semana, medida vale a partir das 20h. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Com as taxas de ocupação de UTIs (unidades de terapia intensiva) acima de 71% por causa do coronavírus, o governo de São Paulo decidiu nesta sexta-feira (22) colocar todo o Estado na Fase Vermelha do planejamento estadual aos finais de semana, feriados e no período noturno, sempre após as 20h nos dias úteis. A medida passa a valer a partir de segunda-feira (25). A Fase Vermelha deve vigorar, pelo menos, até o dia 7 de fevereiro.

Aos sábados, domingos, feriados e após as 20h nos dias úteis, só poderão funcionar os serviços considerados essenciais das áreas de logística, saúde, segurança e abastecimento. O restante das atividades econômicas, tal como o comércio, terá que ser fechado nesses dias e horários.

A medida já vale para o feriado do dia 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo.

Essa foi a terceira reclassificação do Plano São Paulo somente neste mês de janeiro. A primeira ocorreu no dia 8 de janeiro e a expectativa do governo era de que a próxima seria somente no dia 5 de fevereiro. Mas, com o crescimento rápido de infecções e mortes, o governo acabou fazendo uma nova reclassificação no plano na última sexta-feira (15).

Na última reclassificação, apenas a região de Marília havia ficado na Fase 1-Vermelha. Agora, com a nova alteração no Plano São Paulo, divulgada hoje, sete regiões vão ficar na Fase 1-Vermelha e só poderão reabrir os serviços considerados essenciais. São elas: Marília, Presidente Prudente, Bauru, Sorocaba, Taubaté, Franca e Barretos. As demais regiões do estado, incluindo a Grande São Paulo e a capital paulista, vão ficar na Fase 2-Laranja. Na Fase 2-Laranja, academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros, shoppings, concessionárias, escritórios e parques estaduais podem funcionar por oito horas diárias, com atendimento presencial limitado a 40% e encerramento às 20h. O consumo local em bares está proibido nessa fase.

O governo determinou ainda que nenhuma região passará para as Fases 3-Amarela ou 4-Verde até o dia 8 de fevereiro.

Sem essas mudanças no Plano São Paulo, restringindo mais a circulação das pessoas, e com o atual ritmo de crescimento de infecções pela Covid-19, o governo paulista calculou que em 28 dias o estado poderia ter um esgotamento dos leitos de UTI.

O Plano São Paulo é dividido em cinco fases que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul). O plano divide o estado em 17 regiões e cada uma delas é classificada em uma fase do plano, dependendo de fatores como a capacidade do sistema de saúde e a evolução da epidemia.

Ocupação de leitos

Na quinta-feira (21), a secretaria estadual de Desenvolvimento Regional divulgou que 58 dos 645 municípios paulistas já estavam com ocupação hospitalar para pacientes graves acima de 80%. Nove desses municípios já estavam com 100% de ocupação, ou seja, não poderiam atender mais ninguém: Itaquaquecetuba, Américo Brasiliense, Promissão, Artur Nogueira, Itatiba, Socorro, Pirassununga, Fernandópolis e Porto Feliz.

Da penúltima semana de dezembro até esta sexta, o número de casos cresceu 79% no Estado, passando de uma média de 5.606 casos por dia para 10.023 casos por dia. Já o número de novas internações passou de uma média de 1.331 por dia para 1.664, com crescimento de 25%. Nesse mesmo período, o número de mortes cresceu 96%, passando de 111 mortes por dia na penúltima semana de dezembro para 218 mortes por dia esta semana.

Segundo balanço divulgado nesta sexta pela Secretaria estadual da Saúde, o estado tem, até este momento, 1.679.759 casos confirmados do coronavírus, com 51.192 mortes. Há 6.044 pacientes internados em estado grave em todo o Estado, além de 7.659 internados em enfermarias.

Novos leitos

Para tentar conter o avanço da Covid-19 e ampliar o atendimento, o governo de São Paulo vai criar 756 novos leitos no Estado, vai cancelar as cirurgias eletivas, e reativar o hospital de campanha de Heliopólis, que havia deixado de atender casos de coronavírus em setembro. O hospital de campanha de Heliópolis estava instalado no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Barradas, localizado na maior comunidade da capital.

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