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Por Redação O Sul | 5 de janeiro de 2017
Os saques da poupança superaram os depósitos em 40,7 bilhões de reais em 2016, informou nesta quinta-feira (5) o Banco Central. O resultado é o segundo pior da série histórica, que começa em 1995, atrás apenas de 2015, quando saíram da poupança 53,5 bilhões de reais.
Além disso, foi o segundo ano seguido em que a poupança perdeu recursos – entre 2006 e 2014, os depósitos superaram os saques das cadernetas. De acordo com o Banco Central, durante todo o ano de 2016 os saques da poupança totalizaram 1,989 trilhão de reais e, os depósitos, 1,948 trilhão de reais.
Essa fuga de recursos da poupança está relacionada principalmente à crise econômica e à inflação. Com a crise, e o consequente aumento do desemprego, muitas famílias precisam usar o dinheiro mantido na poupança para cobrir suas despesas. Já a inflação, que apenas entre janeiro e novembro de 2016 acumulou alta de 5,97%, reduz o rendimento das cadernetas.
Quando a taxa básica de juros, a Selic, está acima de 8,5% ao ano, como ocorre atualmente, o rendimento da poupança fica limitado em 6,17% ao ano, mais a variação da Taxa Referencial (TR). Por conta disso, investidores têm transferido seus recursos opções mais rentáveis.
Dezembro
Apesar do resultado negativo no ano, no mês de dezembro houve mais depósitos do que saques da poupança. Foi o segundo mês seguido em que isso ocorreu. Desde o final de 2014 que a poupança não registrava dois meses seguidos de resultado positivo. No mês passado, os depósitos superaram os saques em 10,7 bilhões de reais. (AG)