Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de junho de 2024
Famílias que foram atingidas pelas cheias vão receber os R$ 5,1 mil do auxílio.
Foto: Amazônia 1/InpeSatélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) vão auxiliar o governo federal a definir os beneficiários do Auxílio Reconstrução, que começou a ser pago aos moradores do Rio Grande do Sul afetados pelas enchentes que assolaram o Estado.
Famílias que foram atingidas pelas cheias vão receber os R$ 5,1 mil do auxílio. As imagens de satélite fornecidas pelo Inpe vão auxiliar a definir o tamanho e a área atingida pela mancha – nome dado para as áreas inundadas.
O governo começou a pagar o Auxílio Reconstrução na quinta-feira (30). O benefício é pago em parcela única de R$ 5,1 mil. O primeiro lote do auxílio será pago à 34.196 famílias que foram atingidas pela tragédia.
Somente o primeiro lote, o Governo Federal espera repassar R4 174 milhões aos moradores.
A expectativa é de que duas listas com o nome de beneficiários do programa sejam divulgadas semanalmente, à medida que os documentos sejam processados e as pessoas sejam consideradas aptas a receberem o valor.
Inicialmente, as famílias haviam sido definidas como beneficiárias por meio de uma análise de um mapa do Exército e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Apesar disso, satélites que fazem parte da “Carta Internacional de Espaço e Grandes Desastres”, mostraram que a área atingida pela tragédia foi ainda maior. O grupo conta com 270 satélites de vários países, incluindo com equipamentos do Inpe, representando o Brasil.
“São 17 agências espaciais que, na ocorrência de algum desastre em qualquer lugar do mundo, essas agências se unem para programar seus satélites para obter imagens dessas regiões afetadas”, afirma Thales Sehn Körting, pesquisador do Inpe.
As imagens obtidas com a ajuda do Inpe farão com que mais famílias sejam beneficiadas com o Auxílio Reconstrução. A ideia é mapear todos os bairros e moradores atingidos pela enchente por meio das imagens de satélite.
“Nosso trabalho principal é baseado em garantir que as famílias que foram atingidas não deixem de receber o dinheiro por estarem fora das áreas designadas como atingidas pela inundação”, afirma Laércio Namikawa, tecnologista do Inpe.
Roberto Farina, capitão da Defesa Civil de São Paulo, que tem ajudado no Rio Grande do Sul, afirma que a tecnologia é fundamental para ajudar cada vez mais pessoas.
“Os analistas conseguem enxergar melhor as possibilidades e previsões meteorológicas. Dessa forma, conseguimos agir de forma preventiva, emitindo alertas e orientando a população, e na preparação para receber esses fenômenos climáticos que estão se tornando cada vez mais comuns”, avalia Roberto Farina, capitão da Defesa Civil do Estado de São Paulo.
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