Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Flavio Pereira | 12 de junho de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Sem dúvida, o tema mais relevante da semana, foi o estudo elaborado pelo auditor do Tribunal de Contas da União Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, e que foi formalmente desautorizado por aquele órgão. Ele é auditor concursado, e trabalha desde 2008 no TCU. Muitos interesses políticos e econômicos envolvem essa questão.
Recuperando os fatos
De forma extraoficial, o auditor revelou em um estudo de 125 páginas, fortes indícios de uma suposta supernotificação do número de mortes por Covid-19 no Brasil e foi convocado para prestar depoimento à CPI do Senado, proposta aprovada na última quarta-feira. Este é o fato mais importante, porque agora, o auditor Alexandre Figueiredo poderá levar a todo o Brasil os detalhes do seu trabalho que estimou em 41% o número real de óbitos ocorridos no país em 2020 em decorrência do Covid, que teria sido 80 mil, ao invés dos 194 mil lançados por governadores e prefeitos. O número exagerado de óbitos por Covid seria decorrente de “um expediente de governadores para obterem mais recursos do Executivo Federal”, aponta o relatório.
Mortes por Covid até hoje seriam 198 mil
O dado está noticiado por toda a imprensa: ontem, o Brasil notificou 2.215 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas. Agora a gestão de governadores e prefeitos no combate à pandemia no país totaliza 484.350 óbitos. É uma questão de interesse nacional elucidar este caso da possível supernotificiação de óbitos de Covid, e verificar o método usado por Alexandre Figueiredo para chegar a esta conclusão. Porque, se este relatório que não foi considerado pelo Tribunal de Contas da União demonstrar indícios de que o fato pode ter ocorrido, teremos uma nova realidade do número de óbitos no Brasil desde o início da pandemia. Ao invés dos 484 mil, seriam 198,4 mil os óbitos decorrentes de Covid.
Osmar Terra vê surrealismo político
O médico e deputado federal Osmar Terra, que foi convocado para comparecer na folclórica CPI da Covid no Senado, é um dos mais severos críticos da narrativa da oposição encampada por parte da imprensa, de que o Governo Federal seria o responsável pela gestão do combate à pandemia nos estados e municípios.
Segundo Osmar Terra, “Surrealismo político! Vivemos uma situação surreal nessa pandemia, onde a quem pouco pode decidir (Governo Federal) querem culpar de tudo e a quem muito decidiu e determinou (Governos Estaduais e municipais), não culpam de nada!”
Marco Aurélio admite: STF está invadindo competência
Prestes a deixar, em julho, o Supremo Tribunal Federal, quando atingirá a idade limite de 75 anos, o ministro Marco Aurélio admitiu um fato que é de domínio publico: a Suprema Corte vem sendo usada por pequenos partidos de oposição, para fustigar o presidente Jair Bolsonaro:
“O Supremo está sendo acionado por pequenos partidos que não figuram no Congresso Nacional, visando a fustigar o presidente da República, daí a necessidade de o Supremo perceber esta manobra, que não é uma manobra sadia, e observar acima de tudo a autocontenção, não invadir esfera que não e própria dele, a do Supremo.”
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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