O neto de Lula João Gabriel, de 19 anos, emplacou uma boquinha no governo de Sergipe de dar inveja não só a milhões de jovens que, na mesma idade, buscam o primeiro emprego, mas também aos próprios colegas da Secretaria Estadual de Educação e Cultura: R$6.692,84 já no primeiro contracheque, mais que a metade dos 11,6 mil servidores da educação pública sergipana. O prodígio integra o governo de Fábio Mitidieri (PSD) e trabalha para o secretário José Macedo Sobral, do PDT.
Cofrinho cheio
Três gratificações engordaram o pagamento de João Gabriel no mês passado. Somados, os benefícios se aproximam dos R$6,2 mil.
Erro cadastral
O governo sergipano diz que houve “inconsistência” e “equívoco” no cadastro do jovem, e parcela do 13º foi paga antecipadamente.
Aprovado
A Seduc garante que o neto de Lula cumpre o expediente de 40h “com disciplina e empenho”. O jovem é assistente de projetos culturais.
Prestígio alto
O PDT integra a base de Lula e conta até com ministério na Esplanada. O PSD é o partido de Rodrigo Pacheco, presidente reeleito do Senado.
Planalto vê interesse eleitoral de França em porto
A percepção no Planalto sobre a resistência de Márcio França (Portos e Aeroportos), do PSB, à privatização do Porto de Santos (SP), é que o ministro teme perder boa fatia de seu eleitorado. A modernização do porto, e consequente geração de empregos e melhora na infraestrutura, devem render ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep), importante espólio eleitoral justamente na base eleitoral de França.
Porto inseguro
França deu inúmeras declarações contra a privatização. Questionado pela coluna, o ministério reforçou que o ministro mantém o que já disse.
Núcleo eleitoral
As regiões que mais devem se beneficiar com a modernização do Porto de Santos são Guarujá e São Vicente, berço político do ministro.
Sinal verde
Habilidoso, Tarcísio conta com apoios na Esplanada, como Rui Costa (Casa Civil). De Lula, ouviu que não há “dogmas” quanto a privatização.
Vai sair
A equipe do governador Tarcísio de Freitas (Rep-SP) informou à coluna que, no caso de negativa do Palácio do Planalto na privatização do porto de Santos, será estudado “melhor modelo para tirar o projeto do papel”.
Andou rápido
Já são quase 100 deputados federais que apoiam a criação de uma comissão parlamentar de inquérito para investigar abusos de autoridade do Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Súbita interrupção
Deputados de oposição tentam criar uma comissão para fiscalizar a transposição do Rio São Francisco. Há denúncias que trechos da obra entregues por Jair Bolsonaro simplesmente pararam de receber água.
Estranho
O empresário Elon Musk avisou aos mais de 128 milhões de seguidores que está sob investigação o bloqueio de sua rede social pelo governo da Turquia, após o terremoto que atingiu o país, esta semana.
Só jogo de cena
O líder do governo Lula na Câmara, José Guimarães (PT-CE), revelou que o Planalto não deve apresentar nada no Congresso para destituir Roberto Campos Neto como presidente do Banco Central.
Estratégia explosiva
No BC, a avaliação é que a posição raivosa de Lula é “seguro” para quando a política econômica naufragar. Ele sequer andou com a reforma tributária e a âncora fiscal, e agora quer culpar o Banco Central.
Sem apoio
É tida como muito remota a chance do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ajudar o Planalto a diminuir a autonomia do Banco Central, através de projeto de lei. Lira é tido como o “pai” do dispositivo.
Últimos suspiros
Após o governo petista se opor a saques no FGTS e defender o retorno da contribuição obrigatória para sindicatos, o presidente do partido Novo, Eduardo Ribeiro, se impressionou com “o quanto o governo do PT é contra qualquer suspiro de liberdade para os trabalhadores”.
Pensando bem…
…Dilma presidente de banco, só na cochinChina.
PODER SEM PUDOR
Devo, não nego
Candidato ao Senado em 1998, depois de governar o Amazonas três vezes, Gilberto Mestrinho foi procurado por uma professora: “Entrei para o Estado por suas mãos, depois o senhor pagou a passagem para meu marido se operar em São Paulo, deu uma bolsa ao meu filho…”. Mestrinho começou a desconfiar da rebordosa. A mulher continuou: “…agora estou precisando de mais um favor: estou sem dinheiro”. “Não tenho”, cortou o candidato. “Dê um jeito, governador. Eu sei que lhe devo muito…”. “Eu ajudo sempre que posso. Você mesma me disse que me deve muito…”. “É verdade – arrematou a mulher – e quero lhe dever muito mais!”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos