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Se reeleito, Bolsonaro diz que Tereza Cristina seguirá no Ministério da Agricultura

O presidente Jair Bolsonaro, com os ministros Tereza Cristina (Agricultura) e Tarcísio de Freitas (Infraestrurura). (Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República)

Ao participar de um evento da bancada ruralista nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou a líderes do agronegócio que pretende manter a atual ministra da Agricultura no cargo. Tereza Cristina anunciou no início da semana, na imprensa do Mato Grosso do Sul, que irá disputar uma vaga no Senado pelo Estado. Ela deixará a pasta no fim do mês.

Bolsonaro se derreteu pela deputada: “Digo a vocês, hoje a Tereza é minha deputada-ministra. No próximo mandato, será minha ministra-senadora”. O anúncio do desejo de Bolsonaro se deu de maneira informal em um evento da Frente Parlamentar da Agropecuária.

O evento, na terça-feira (8), era uma homenagem à ministra organizada pela Associação Brasileira de Proteína Animal.

Nesta quinta-feira, Bolsonaro voltou a afirmar que Tereza Cristina será candidata ao Senado pelo Mato Grosso do Sul. Tereza era o nome favorito do Centrão para ser a vice de Bolsonaro nas eleições. Com a declaração – a segunda nesta semana –, Bolsonaro abre caminho para o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, assumir a vaga.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Bolsonaro era pressionado pelo Centrão a aceitar Tereza Cristina, mas preferia o militar Braga Netto na chapa como uma espécie de “seguro-impeachment”.

O presidente nunca escondeu a preferência pelo nome de Braga Netto, que ele considera “fiel” e “leal” ao governo.

“Aproximadamente oito ministros deixarão respectivos ministérios para concorrer às eleições”, disse o presidente em transmissão ao vivo nas redes sociais.

Além da ministra da Agricultura, que vai trocar o União Brasil pelo Progressistas no fim do mês, o presidente confirmou que a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, será candidata ao Senado pelo Amapá – e não por São Paulo –, como chegou a ser cogitado no governo.

Bolsonaro citou, ainda, outras candidaturas já esperadas de ministros. Na lista estão as de Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) ao governo paulista; Flávia Arruda (Secretaria de Governo) ao Senado pelo Distrito Federal; João Roma (Cidadania) ao governo da Bahia; Gilson Machado (Turismo) ao Senado por Pernambuco e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) para deputado federal por São Paulo.

A pré-candidatura de Tercio Arnaud Tomaz, assessor especial da Presidência e citado por políticos como integrante do chamado “gabinete do ódio” do Planalto, também foi informada por Bolsonaro durante a live. As informações são da revista Veja, do jornal O Estado de S. Paulo e do portal de notícias G1.

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