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Economia Se não fosse a política, o valor do dólar no Brasil seria de R$ 5,10

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A combinação de fatores da economia global com questões domésticas dita a valorização ou a desvalorização das moedas ao redor do mundo. (Foto: Freepik)

A combinação de fatores da economia global com questões domésticas dita a valorização ou a desvalorização das moedas ao redor do mundo. No caso do Brasil neste ano, no entanto, especialistas apontam que os sinais dados pelo governo brasileiro têm influência preponderante sobre o real e respondem por quase 80% do enfraquecimento da moeda frente ao dólar. A situação é considerada uma das mais extremas entre as grandes moedas globais – e uma desvalorização superior à do conjunto das economias emergentes. Segundo cálculo apresentado ao jornal O Estado de S. Paulo, o dólar estaria na casa dos R$ 5,10, se seguisse a tendência dos demais emergentes.

Desde o fim do ano passado, o dólar saiu de R$ 4,85 em movimento de alta até bater nos R$ 5,6983 na sexta-feira. Nessa segunda-feira (21), o dólar inverteu o sinal positivo visto na primeira metade do pregão e fechou em queda de 0,14%, cotado a R$ 5,6903.

“O nosso modelo sugere que a imensa parte do movimento está associada a questões domésticas, o que é um resultado muito pouco usual porque tipicamente é o mundo que dá a dinâmica e o doméstico vai só temperar essa dinâmica”, diz Lívio Ribeiro, sócio da BRCG Consultoria e pesquisador associado do FGV Ibre. Segundo ele, os fatores domésticos explicam quase 80% da elevação da taxa de câmbio.

“Se o real estivesse caminhando paralelamente aos demais emergentes, estaríamos falando de um dólar a R$ 5,10”, diz o sócio e economista da Tendências, Silvio Campos Neto. A conta abarca as variações até o dia 11 de outubro. Isso não inclui as movimentações do governo na última semana.

Os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Simone Tebet, do Planejamento, elaboram os argumentos para convencer o presidente a embarcar na agenda de credibilidade do arcabouço fiscal, embora Lula, em meio à discussão, tenha defendido publicamente gastos com programas sociais.

Ribeiro diz que boa parte dos analistas tende a explicar os movimentos da moeda com base nos eventos domésticos, quando eles costumam estar mais associados, na verdade, às questões globais. Mas o movimento da moeda em 2024 foge do usual. “A estilingada da contribuição doméstica ocorre entre maio e junho”, diz.

Ele pondera que os pesos dos fatores que influenciam o câmbio variam ao longo do tempo e não é possível atribuir a um único evento ou movimento do governo, por exemplo, a resposta para o que acontece com a moeda. “Dá para fazer a conta de quanto seria o dólar supondo que o fator interno não tivesse tido problema? Estritamente sim, mas não é simplesmente subtrair a contribuição estimada, pois o modelo é feito de uma forma tal que replica como o mercado funciona. O mercado é feito de humores. Incorporamos isso ao modelo para ir mudando o peso relativo dos fatores que explicam o câmbio”, diz Livio Ribeiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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