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“Se não fosse por Augusto Aras, talvez não tivéssemos democracia”, diz o ministro do Supremo Dias Toffoli

Pessoas próximas ao ministro relataram que fuligem no ar o incomodou na noite de segunda. (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, afirmou nesta segunda-feira (25), que se não fosse por Augusto Aras talvez não tivéssemos democracia. A declaração foi dada no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

“Não fosse a responsabilidade, a paciência, a discrição e a força de seu silêncio, Augusto Aras, talvez nós não estivéssemos aqui. Nós não teríamos talvez democracia”, disse.

“Faço essas referências porque são coisas [que serão] contadas mais à frente da história. Porque poucas pessoas sabem, mas estivemos bem próximos da ruptura. E na ruptura não tem Ministério Público, não tem direitos, não tem a graça. A graça é ser amigo do rei”, completou o magistrado.

Augusto Aras termina seu mandato à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta terça-feira (26). Aras esteva na função desde 2019, tendo sido indicado e reconduzido, em 2021, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em sua última sessão de seu mandato no Supremo, o Procurador-Geral criticou o que chamou de “narrativas distorcidas” sobre sua gestão. Há críticas de políticos de que o PGR teria sido omisso diante de possíveis crimes do governo Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19.

A expectativa é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá indicar o novo procurador-geral nos próximos dias.

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