Quinta-feira, 09 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de maio de 2015
O Ministério da Saúde divulgou o resultado do acordo feito com a Abia (Associação das Indústrias da Alimentação) para a redução de sódio dos alimentos. Segundo os dados, entre 2011 e 2014, a diminuição atingiu 7.652 toneladas. A meta até 2020 é que sejam retiradas 28.562 toneladas. Médicos comemoram os números e explicam que quanto menor for a quantidade de sal consumido, melhor será a sua qualidade de vida e também longevidade.
De acordo com o ministério, as maiores taxas de diminuição ocorreram nos rocamboles (21,1%), bolo aerado (16,6%), maionese (16,23%), bolos prontos sem recheio (15,8%) e bolos prontos com recheio (15%).
As menores foram biscoito salgado (5,8%), mistura para bolo cremoso (5,9%), biscoito recheado (6,48%), salgadinho de milho (9,4%) e biscoito doce (11,41%). Batata frita e batata palha tiveram redução de 13,71%.
O levantamento se refere à segunda etapa do Plano Nacional de Redução de Sódio em Alimentos Processados. Nessa etapa, foram analisados biscoitos, bolos, maioneses e snacks.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, comemorou os resultados, mas disse que é preciso trabalhar a diminuição dentro das escolas também. “Não adianta comemorarmos essa retirada de mais de 5 mil toneladas de sódio se não tivermos capacidade de trabalhar na alimentação, na merenda escolar, nos hábitos alimentares e na retirada do saleiro da mesa”, declarou.
Já o presidente da Abia, Edmundo Klotz, afirmou que a indústria busca, depois que a meta for obtida, substituir o consumo do sal doméstico. “A primeira fase é a retirada do sódio e a segunda, a substituição. Buscamos produtos que substituam o sal ou alternativas de sal com redução de sódio.”
O levantamento mostra que, em 2013, das 69 indústrias analisadas, 95% dos produtos conseguiram reduzir o teor máximo de sódio da composição. Aquelas que não conseguiram obter o resultado esperado foram notificadas pelo ministério.
A próxima etapa a ser cumprida pelo pacto será em 2016, quando serão avaliados margarina, hambúrguer, empanados e salsichas. Na primeira fase, em 2011, a diminuição foi de 1.859 toneladas. Foram abordados macarrão instantâneo, pão de forma e bisnaguinha.
Cuidados.
Diminuir o consumo de sal deve ser uma meta trabalhada desde a infância, segundo o cardiologista e especialista em hipertensão Celso Amodeo. “A criança deve ser educada comendo pouco sal”, diz.
A hipertensão costuma ser o problema de saúde mais citado quando se fala em doenças ligadas ao consumo excessivo de sódio, mas outras complicações podem aparecer. “Além das doenças cardiovasculares, tem a osteoporose, doenças renais, câncer de estômago e até catarata.” (AE)