Sexta-feira, 22 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de junho de 2019
O ator e cineasta americano Sean Penn vai dirigir e protagonizar o drama “Flag Day”. Na produção, ele estará ao lado dos filhos Dylan Penn e Hopper Penn. O elenco ainda inclui Norbert Leo Butz , Josh Brolin, Katheryn Winnick, Miles Teller, Dale Dickey, Eddie Marsan e Bailey Noble. As informações são do portal G1.
Jez Butterworth assina o roteiro do filme, que é baseado no livro de memórias de Jennifer Vogel “Flim-Flam Man: The True Story of My Father’s Counterfeit Life” (2005).
“Flag Day’ é descrito como “um revelador retrato de uma filha com dificuldades para superar o carinhoso, mas obscuro legado do pai, um vigarista”. As filmagens estão previstas para começar ainda esta semana.
William Horberg, Jon Kilik e Fernando Sulichin produzirão o filme, no qual estão envolvidas companhias audiovisuais como New Element Media, Rocket Science, Wild Bunch, CAA Media Finance e Indigenous Media.
Ganhador do Oscar de melhor ator por “Sobre Meninos e Lobos” (2003) e “Milk: A Voz da Igualdade” (2008), Sean Penn é considerado um dos melhores atores do cinema da sua geração. Como diretor, Penn se destacou em filmes como “Na Natureza Selvagem” (2007). Seu último trabalho até agora atrás das câmaras foi “A Última Fronteira” (2016), protagonizado por Charlize Theron e Javier Bardem.
Documentário
Em dezembro passado Sean Penn viajou para a Istambul com a intenção de trabalhar em um documentário sobre o jornalista saudita Jamal Khashoggi, assassinado em 2018 no consulado de seu país nessa cidade turca.
Segundo a agência de notícias estatal turca Anadolu, o ator americano e sua equipe registraram imagens diante da porta do consulado da Arábia Saudita.
Em um vídeo postado pela mídia turca, é possível ver Penn conversando com um cinegrafista.
O assassinato do jornalista que colaborava com o “Washington Post” em 2 de outubro causou uma onda onda de indignação mundial e manchou a imagem da Arábia Saudita, apesar de o príncipe herdeiro Mohamed bin Salmán negar qualquer envolvimento no crime.
Sean Penn é um ator comprometido com a militância política e social nos Estados Unidos e em outros países.
Polêmica
Também em 2018 o duas vezes ganhador do Oscar considerou que o movimento #MeToo, criado após os escândalos de agressão e abuso sexual em Hollywood, é uma campanha que serviu para “dividir homens e mulheres”.
Em uma entrevista à rede de televisão NBC, em setembro passado, Penn disse que o debate era “muito preto no branco” e que em algumas ocasiões condenou-se muito rápido os acusados por abusos.
“Não sabemos qual é a verdade em muito dos casos”, disse o ator de 58 anos, que estava promovendo seu novo programa na plataforma Hulu, “The First”. “O espírito de muito do que fez o movimento #MeToo é dividir homens e mulheres”.
Sua coprotagonista, Natascha McElhone, havia dito que acreditava que os personagens femininos de “The First”, uma série de ficção ambientada em um futuro próximo sobre uma primeira missão tripulada a Marte, foram influenciados pelo movimento #MeToo, mas Penn não concordou.
“Eu gostaria de pensar que nada disso foi influenciado pelo o que eles chamam de movimento #MeToo”, afirmou Penn.
Os comentários do ator geraram uma onda de condenação imediata no Twitter, com muitos usuários fazendo referência aos supostos maus-tratos físicos que causou à cantora Madonna durante seu casamento. A diva do pop, entretanto, nega ter sido agredida.