Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Flavio Pereira | 28 de outubro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), somou uma sequência de decisões acertadas até chegar a uma vitória que massacrou a esquerda em Porto Alegre. Foram 406.467 votos contra 254.128 votos obtidos pela sua adversária, a deputada Maria do Rosário, do PT.
Enchentes, alianças
A forma como administrou a maior enchente da história de Porto Alegre, foi importante e esse debate explorado pela oposição, foi vencido por Sebastião Melo. Mas Melo conseguiu lá no início, atrair o PL, que poderia dividir parte do seu eleitorado, caso o partido de Jair Bolsonaro disputasse a eleição com candidato próprio. O PL indicou a candidata a vice, Betina Worm. A soma de alianças, onde se incluíram informalmente até mesmo vereadores do PSDB, partido que oficialmente apoiava sua adversária Juliana Brizola, foi importante para Melo formar uma base sólida, e dispor de um tempo formidável para a propaganda no rádio e na TV.
Como surgiu o “chinelão do povo”
Quando foi chamado de “chinelão” pela esquerda, numa tentativa de desqualificá-lo, Sebastião Melo conseguiu transformar o que seria uma ofensa, em um bordão para grudá-lo no povo: surgiu então o “chinelão do povo” com direito a jingle especifico e chinelo com o número 15.
TRE preocupado com alta abstenção de eleitores
Voto facultativo e desinteresse foram algumas causas apontadas ontem em entrevistas pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Voltaire de Lima Moraes, para a alta abstenção de eleitores em especial em Canoas e Porto Alegre. O tema abstenções anunciou, será objeto de uma análise mais detalhada. O presidente reitera que o voto é essencial numa democracia.
O ranking da abstenção no segundo turno
* Canoas – 92.716 (35,72 %)]
* Porto Alegre – 381.965 (34,83 %)
* Santa Maria 62.463 (29,83 %)
* Caxias do Sul 99.441 (28,64 %)
* Pelotas: 63.931 (25,71 %)
Eleições consolidam PP com maior número de prefeituras no RS
Em 164 dos 497 municípios o PP saiu vitorioso, todos em primeiro turno. O MDB, com a vitória em Porto Alegre, soma 126 prefeitos eleitos.
Partidos com prefeitos eleitos no RS
* PP: 164 cidades (maior: Novo Hamburgo)
* MDB: 126 cidades (maior: Porto Alegre)
* PDT: 50 cidades (maior: Guaíba)
* PL: 36 cidades (maiores: Canoas e São Leopoldo)
* PSDB: 35 cidades (maiores: Caxias do Sul e Santa Maria)
* União Brasil: 21 cidades (maior: São Gabriel)
* PT: 20 cidades (maior: Pelotas)
* Republicanos: 16 cidades (maior: Montenegro)
* PSD: 11 cidades (maior: Passo Fundo)
* PSB: 8 cidades (maior: Dom Feliciano)
* PRD: 4 cidades (maior: Rolante)
* Cidadania: 2 cidades (maior: São Jorge)
Apoio a Boulos no setor prisional não é surpresa
Setores da grande imprensa e o candidato Guilherme Boulos fingiram surpresa com a informação do governador Tarcisio de Freitas, de que foram interceptadas informações da inteligência da Polícia indicando que facções criminosas estariam enviando um “salve”, mensagem de apoio a Boulos. Nenhuma surpresa: no primeiro turno, segundo dados do TRE-SP, Boulos recebeu 48% dos votos nas seções eleitorais instaladas em presídios e unidades da Fundação Casa, onde estão recolhidos criminosos de menor idade. Na contagem geral, Pablo Marçal (PRTB) ficou em segundo lugar nos presídios, com 23%, e Tábata Amaral (PSB) em terceiro, com 15%. O atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), foi o quarto, com 11% e outros candidatos não somaram 1%. A Justiça Eleitoral instalou 51 seções eleitorais em estabelecimentos prisionais e unidades de internação no Estado de São Paulo.
Instagram: @flaviorrpereira
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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