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Geral Seca no Rio Grande do Sul faz a Conab reduzir a previsão de safra de grãos no Brasil

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Com alta de 0,1% em relação a igual período em 2022, desempenho foi puxado pela soja e fumo. (Foto: EBC)

Como reflexo da forte seca registrada na Região Sul do país e no centro-sul de Mato Grosso do Sul nos últimos meses, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu novamente sua estimativa de produção de grãos e fibras em 2021/22. A estimativa agora é de 265,7 milhões de toneladas, volume 2,5 milhões de toneladas menor que a previsão do mês passado, de 268,2 milhões.

“O clima adverso impactou de maneira expressiva as produtividades das lavouras de soja e milho de primeira safra”, justifica a Conab em relatório. Mesmo com a nova redução, se comparada à temporada 2020/21, a colheita deverá ser 4% (10 milhões de toneladas) superior.

Em seu sexto levantamento sobre 2021/22, a Conab prevê um aumento de 4,3% na área plantada em comparação com o ciclo 2020/21, influenciado, sobretudo, por soja e milho. Com a incorporação de 3 milhões de hectares, a estatal agora área total de 72,7 milhões de hectares.

A soja foi semeada em 40,7 milhões de hectares, segundo a Conab, um acréscimo de 3,8% em relação a 2021/22. Com 50% da colheita finalizada, a expectativa é que a produção alcance 122,76 milhões de toneladas, 2,2% menos que o previsto no mês passado e uma queda de 11,1% em relação a 2020/21.

No caso do milho, a projeção para as três safras continuou a ser de 112,3 milhões de toneladas, 29% superior à colheita do ciclo passado. Apesar das perdas no Sul do país, a primeira safra deve ter queda limitada, de 1,6%, em comparação com 2020/21, para 24,3 milhões de toneladas.

A segunda safra, a mais importante para o cereal, deverá chegar a 86,1 milhões de toneladas, 41,8% mais que no ciclo passado, que houve uma forte quebra. A Conab calcula que 74,8% da área já foi semeada.

Há expectativa de crescimento também para o algodão. No novo levantamento, a Conab projetou aumento de 19,7% na produção, para 2,82 milhões de toneladas. Esse volume representa um avanço de 4,2% em relação à estimativa do mês passado.

Para o feijão, que também tem três safras, a estatal manteve em 3 milhões de toneladas sua estimativa para a oferta, volume 5,25% maior que o do ciclo passado. A primeira safra, porém, deve ter perdas de 4,8% em função da estiagem, somando 929,4 mil toneladas.

“As lavouras de segunda safra da leguminosa estão em implantação ou em pleno desenvolvimento, com perspectiva de alcançar um bom resultado, garantindo o abastecimento do mercado consumidor e equilibrando a oferta do grão”, diz a Conab. A previsão para a segunda safra de feijão é de 1,3 milhão de toneladas, 14,7% mais que em 2020/21.

No caso do arroz, a Conab reduziu sua estimativa em 2,1%, para 10,3 milhões de toneladas. “Há redução tanto na área cultivada quanto de produtividade”, diz a autarquia no relatório. Essa produção representa uma queda de 12,1% em relação à safra 2020/21. As informações são do jornal Valor Econômico.

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