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Secretários discutem educação no Menu Porto Alegre e apontam a importância da volta ao básico

Paulo Afonso Pereira: "“Educação é o princípio de tudo", diz o presidente da ACPA, defendo a importância do tema que a entidade trouxe para debate nesta terça-feira. (Foto: Banco de Dados/O Sul)

“Educação é o princípio de tudo. Como ideologização não educa pessoas para o mundo. Pode até servir para um momento, o que não é o essencial. Precisamos mudar todo este contexto, que é equivocado. Sem educação e sem cultura não temos desenvolvimento, educação é o básico. Sem pressão da sociedade e vontade política não conseguiremos mudar reste quadro”. Esta é a opinião do presidente da ACPA (Associação Comercial de Porto Alegre), Paulo Afonso Pereira, que abriu o Menu Porto Alegre desta terça-feira , na sede da entidade, na Capital, com a presença dos secretários Estadual da Educação, Ronald Krummenauer e Municipal da Educação, Adriano Naves de Brito, para traçar um cenário do setor no Brasil.

Hoje, o RS é o terceiro pior Estado colocado no ranking nacional da educação, considerando ensino infantil e fundamental. As escolas privadas também não são competitivas. Como mudar isto?

O secretário Estadual da Educação, Ronald Krummenauer diz que os recursos que o setor recebe da União chegam a 6% do PIB, “não é ruim, mas está errada a maneira como este recurso vem sendo administrado”. Hoje, são 90 mil professores ativos e 110 inativos, ou seja, 200 mil pessoas que consomem 90% da receita da Secretaria que é em torno de 9 bilhões de reais. Além disso, os problemas que afligem a educação no País são estruturais.

O secretário Municipal da Educação, Adriano Naves de Brito, diz que remunerar bem o professor não é suficiente para se atingir um nível educacional melhor. É preciso um quadro qualificado, bem formado, e isto nós temos, com cerca de 80% dos profissionais com pós-graduação em Porto Alegre. No entanto, é preciso, acima de tudo  “uma gestão da rede educacional com foco na volta ao básico”. Isto impõe colocar o professor em contato com o aluno e que haja dependência do contato humano, “necessário na formação deslocada do exercício da profissão”, segundo ele, uma grande deficiência no cenário Brasil.

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