Segunda-feira, 17 de março de 2025
Por Cláudio Humberto | 17 de março de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Festejado como sede da Conferência para o Clima das Nações Unidas (Cop30), este ano, o Pará é o Estado que mais desmata a Amazônia desde 2006. Os dados são do sistema de monitoramento por satélites PRODES, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe): No total, o Pará destruiu sozinho 74,2 milhões de quilômetros quadrados da Amazônia Legal desde 2005; 40,2% do desmatamento total da floresta.
Ritmo de sempre
Em 2024, último ano completo do monitoramento, o Pará respondeu por 2,4 mil km2 do desmatamento na Amazônia.
Segundo bem atrás
O Mato Grosso é o segundo colocado no quesito, mas desmatou menos da metade da vegetação destruída pelo vizinho Estado do Pará.
Pará passou e abriu
Até 2004, o Pará rivalizava com o Mato Grosso, mas em 2006 passou e abriu. Até hoje se mantém como o que mais desmata a Amazônia.
Maior da história
Desde o início da série histórica do PRODES, em 1988, o Pará é o maior desmatador da Amazônia: 172,4 mil km2 da mata destruídos.
CVM tem diretor a menos e Fazenda não está nem aí
O governo não dá o menor sinal de interesse em preencher o cargo vago de membro da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entidade autárquica vinculada ao Ministério da Fazenda. O cargo está vago já há três meses, desde a saída do ex-diretor Daniel Maeda. A demora expõe a má vontade do governo petista com o setor. Integram a CVM cinco diretores. A escolha do presidente da República passará por sabatina no Senado e terá impacto na regulação do mercado financeiro brasileiro.
Especialistas
Em razão de suas atribuições, a CVM requer a indicação de diretores qualificados, cujas decisões moldam o ambiente regulatório.
Expectativa elevada
O escolhido será crucial para a confiança dos investidores na Bolsa, para a modernização regulatória e o projeto de democratização do mercado.
Mais duas vagas
Outras duas vagas devem se aberta na CVM em 2026, com a saída dos atuais diretores Otto Lobo e João Accioly.
Se olhar do lado…
Ao procurar quem “passou a mão no direito do povo de comer ovo”, como se nada tivesse a ver com isso, 27 meses após assumir o governo, Lula corre o risco de ofender seus empresários favoritos, Joesley e Wesley Batista, que controlam a produção da proteína no Brasil.
Regime autoritário
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) explica a rejeição do governo da Espanha ao pedido de extradição do jornalista Oswaldo Eustáquio feito pelo STF: “O motivo é muito óbvio: o Brasil é um regime de exceção”.
País da impunidade
O bandido preso por tentativa de roubo após troca de tiros com policial, em São Paulo, tem seis passagens pela polícia e em 2023, aos 17, foi apreendido acusado pela morte do flautista Jonatas Monteiro de Oliveira Silva, como revelou o jornalista Pedro Campos, da Rádio Bandeirantes.
Pré-campanha
Não por acaso, Lula decidiu participar do primeiro ato público do novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, numa entrega de ambulâncias em São Paulo. Padilha é pré-candidato ao governo paulista.
Um caminho
O governador paranaense Ratinho Jr. (PSD) disse que “trabalha” para ser candidato a presidente. Mas seu partido articula fusão com o PSDB, que tem seu próprio pré-candidato a presidente, o gaúcho Eduardo Leite.
Homem no espelho
Após Lula tentar justificar o preço dos ovos dizendo que “alguém está sacaneando galinhas”, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) respondeu: “Eu não sei quem tá sacaneando as galinhas, mas sei quem tá sacaneando o País”.
Pior que na rua
Pesquisa do site Ranking dos Políticos com deputados aponta que a relação do governo Lula (PT) com a Câmara é ruim ou péssima para quase dois terços (64,5%) dos parlamentares. Só 19% estão gostando.
Motivo (e timing)
A Comissão de Infraestrutura do Senado ouve a Secretaria Nacional de Aviação Civil e a Agência Nacional de Aviação Civil para que expliquem os motivos da suspensão de atividades da Voepass.
Pensando bem…
…casa de ambientalista, espeto de motosserra.
Poder sem pudor
Diálogo de surdos
O editor Paulo Rocco, presidia o Sindicato Nacional dos Editores e Livreiros e encontrou , no Rio, em 2003, o poeta Wally Salomão, espécie de hippie simpático que parecia ter chegado, a pé, do festival de Woodstock, para assumir a Secretaria do Livro e da Leitura, do Ministério da Cultura. Os dois conversaram animadamente durante mais de uma hora, mas, ao final, entre desolado e divertido, Rocco desabafou com um amigo: “Não entendi nada do que ele falou, assim como estou certo de que ele não entendeu nada do que eu disse.”
Cláudio Humberto
@diariodopoder
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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