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Mundo Segundo maior banco suíço teve saques de 88 bilhões de dólares em pouco mais de um mês. No Brasil, foram resgates de 4 bilhões e meio de reais

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Banco chegou a ser o maior da Suíça, mas perdeu o posto para o rival, UBS. (Foto: Reprodução)

A crise de confiança que se abateu sobre o Credit Suisse desde o começo de outubro assustou investidores no Brasil e no mundo. O banco suíço, o segundo maior do país europeu, teve saques de US$ 88 bilhões, o equivalente a perda de “meio Santander” em pouco mais de um mês. No Brasil, os fundos do Credit, que são voltados a clientes de alta renda, tiveram resgates líquidos de R$ 4,5 bilhões apenas em outubro, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

O banco suíço voltou aos holofotes ontem (23), ao anunciar que pode ter novo prejuízo bilionário no quarto trimestre. Seria sua quinta perda trimestral consecutiva. O motivo é justamente a forte saída de recursos.

O Credit prevê prejuízo antes de impostos de cerca de US$ 1,58 bilhão nos três meses finais deste ano, marcado por uma das mais graves crises da sua história de mais de 160 anos. Em meio aos saques, as perdas de recursos eram equivalentes a cerca de 6% do total de ativos sob gestão do Credit no fim de setembro, enquanto as saídas na divisão de gestão de fortunas estavam em torno de 10%. “Na gestão de riquezas, essas saídas diminuíram substancialmente em relação aos elevados níveis das duas primeiras semanas de outubro de 2022, embora ainda não tenham sido revertidas”, afirmou o banco, em comunicado ontem.

Com o anúncio, o Credit voltou a sofrer. As ações fecharam em queda de 5% ontem na bolsa de Zurique, onde fica a sede do Credit, e terminaram o dia nas mínimas históricas. Em Wall Street, os depósitos de ações do banco (ADRs, na sigla em inglês) amargaram perdas superiores a 6%. Só ontem, a instituição financeira perdeu mais de US$ 550 milhões em valor.

Já o Credit Default Swap (CDS), derivativo que protege contra calotes, do banco suíço encostou em 300 pontos, bem acima de outros pares europeus e americanos, para o contrato de 5 anos. O do alemão Deutsche Bank, por exemplo, era negociado a 111 pontos, enquanto o francês BNP Paribas estava em 58 pontos. Nos Estados Unidos, o CDS do Citi estava em 99 e o do Bank of America em 84 pontos.

Em paralelo às más notícias, um alívio. O Credit Suisse anunciou também que aprovou aumentos de capital que totalizam cerca de 4 bilhões em francos suíços (US$ 4,24 bilhões) em assembleia extraordinária de acionistas, conforme já havia sinalizado em outubro.

Para o chairman do Credit Suisse, Axel Lehmann, os acionistas demonstraram confiança na estratégia do banco, que segue debruçado em sair da crise e construir bases para um crescimento lucrativo. “A votação de hoje pelos acionistas marca mais um passo importante em nossa jornada para construir o novo Credit Suisse”, afirmou.

Além disso, o banco suíço segue com seu plano de desinvestimentos, que inclui a venda de parte significativa de seu negócio de operações securitizadas, baseado em Nova York, e financiamento à Apollo Global Management. Com isso, a área, que trabalha com compra e venda de títulos lastreados por hipotecas, empréstimos e operações com cartões de crédito, vai ser reduzida de US$ 75 bilhões para US$ 20 bilhões em meados de 2023.

No Brasil, o banco não detalhou eventuais desinvestimentos. A leitura é a de que a instituição suíça considera o País essencial. Uma das ações previstas é migrar parte dos negócios locais, como a coordenação de ofertas de ações e transações de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) para o seu novo banco de investimento, batizado de CS First Boston, conforme revelou o Broadcast, no mês passado. No ano, até o fim de outubro, os fundos do Credit têm captação líquida negativa de R$ 5,9 bilhões, segundo a Anbima.

O Credit Suisse no Brasil afirmou que, com a divulgação da estratégia global, “ficou claro um inequívoco foco nas atividades de Wealth Management e nos mercados com alto potencial de crescimento como o Brasil. Nos últimos anos, nossa operação para clientes brasileiros (onshore e offshore) cresceu 15% ao ano em média. O Brasil continua sendo absolutamente foco para o Credit Suisse, e nossa meta de dobrar o tamanho da operação no País entre 3 e 5 anos não se alterou.”

tags: em foco

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