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Segundo turno da eleição tem 34 detidos, mostra o balanço da Polícia Federal

Agentes da PF monitoram ocorrências eleitorais no pleito de 2024. (Foto: Divulgação/PF)

A Polícia Federal registrou 34 detenções nesse domingo (28), quando eleitores de 51 cidades do País voltaram as urnas no segundo turno para eleger seus prefeitos. Segundo o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, houve ainda a apreensão de um veículo. Após o recorde de apreensão de dinheiro em espécie no primeiro turno, ainda não houve registros nesta segunda fase da votação.

“Eleição deste segundo turno muito mais tranquila do que no primeiro, até em razão dos números dessa eleição, e também, reputo eu, a um trabalho preventivo que foi feito no primeiro turno, e o resultado é reflexo disso”, afirmou Andrei Rodrigues em entrevista coletiva à jornalistas neste domingo.

Segundo a última atualização da corporação, as detenções realizadas neste domingo aconteceram nos estados do Rio de Janeiro, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Roraima, Tocantins, São Paulo, Amazonas, Sergipe e Ceará. O veículo apreendido, avaliado em R$ 57 mil, foi em Campina Grande.

A PF abriu nove inquéritos até o momento para investigar as ocorrências. Segundo o boletim de corporação, os principais crimes apurados neste domingo foram propaganda irregular e compra de votos. Ainda não foi confirmada nenhuma apreensão de dinheiro durante este segundo turno.

A Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça também fez um levantamento dos crimes eleitorais nesse domingo, e atestou que 24 pessoas foram presas neste segundo turno, e três candidatos foram detidos. No total, 77 crimes eleitorais foram registrados.

No dia do primeiro turno, o governo informou ter registrado 515 prisões e a apreensão de mais de R$ 520 mil em dinheiro vivo. Segundo a pasta, foram 2.618 crimes eleitorais no primeiro turno, entre eles boca de urna (1.057 casos); compra de votos e corrupção eleitoral (423); propaganda eleitoral irregular (309); de violação ou tentativa de violação do sigilo de voto (203); desobediência a ordens da Justiça Eleitoral e (64).

Dinheiro vivo

As eleições deste ano tiveram uma apreensão recorde de R$ 21 milhões em dinheiro vivo. O volume é bem maior do que o confiscado no pleito de 2022 (R$ 5 milhões) e 2020 (R$ 1 milhão) e representa uma marca histórica no trabalho da corporação.

Ao fazer um balanço da votação no primeiro turno, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, afirmou que apreensão da quantia recorde pela Polícia Federal é “preocupante”.

“É preocupante para todo mundo. Mas nós não tínhamos antes desta eleição dados concretos sobre dinheiro. Daqui para frente vamos nos esmerar, Ministério Público e o Judiciário para cada vez mais a gente ter dados”, disse Cármen Lúcia.

Ao todo, 3 municípios estão com a presença do Exército, 377 com Polícia Rodoviária Federal, além do uso de seis aeronaves e 4 embarcações. São mais de 2 mil policiais nas ruas e 2,8 mil em efetivo de tropa de contingência.

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