Nenhum feminicídio, foi apenas um dos dados positivos do balanço da segurança pública, a boa notícia do carnaval no Rio Grande do Sul. O governador Eduardo Leite, ao apresentar ontem os números, ao lado do secretário da segurança pública Sandro Caron, do comandante da Brigada Militar coronel Feoli, e do Chefe da Polícia civil, delegado Fernando Sodré, destacou os mais de 60% de redução dos crimes letais, redução de roubos a pedestres e furtos, e a queda expressiva dos indicadores criminais, “resultado da Atuação das forças de segurança integradas, por todo o Estado.” O governador resumiu este cenário da segurança pública no período do carnaval: “Tivemos um Estado em paz, um Estado seguro”, garantindo que “temos esse compromisso para o ano inteiro”.
Números positivos mostram atuação integrada da Brigada Militar e Polícia Civil
Os roubos a pedestres caíram 74%, passando de 235 para 61. Os furtos tiveram retração de 76%, passando de mais de 1,5 mil casos para 379. Os roubos de veículos diminuíram 55%, passando de 47 para 21 ocorrências.
O secretário da segurança Sandro Caron apontou que “a Brigada Militar teve forte presença ostensiva com 5.100 homens, que juntamente com a Polícia Civil garantiram essa redução expressiva de indicadores e, o mais importante: a sensação de segurança para os gaúchos.”
Vice-governador Gabriel Souza atribui resultado “à efetividade das políticas públicas”
Os números positivos da segurança pública mereceram comentários do vice-governador Gabriel Souza, para quem estes dados “mostram o resultado do esforço conjunto das forças de segurança e a efetividade das políticas públicas implementadas pelo governo do estado”. Segundo o vice-governador, “resultados que reforçam o nosso compromisso a proteção da população e a construção de um Estado mais seguro para todos”
Para o TCU, governo deveria rever previdência dos militares e aposentadoria do trabalhador rural
O alerta do presidente do Tribunal de Contas da União, Vital do Rego, feito à revista Veja, faz sentido: a previdência é uma bomba, e dentro de alguns anos, será quase impossível pagar os aposentados e pensionistas. Vejam os números de 2024: o governo pagou R$ 960 bilhões com benefícios previdenciários a aposentados e pensionistas do INSS. Só que precisou “inteirar” esse valor com o desembolso de R$ 416,8 bilhões (3,45% do Produto Interno Bruto, o PIB) para cobrir essa conta. Esse é um dado da Secretaria do Tesouro Nacional.
Foco nas aposentadorias dos militares e dos agricultores
O que chama a atenção é que, dentre as alternativas para cortar gastos, o TCU aponta para a previdência dos militares e, pasmem: a aposentadoria rural. Imaginar que as aposentadorias dos trabalhadores rurais podem representar enormes despesas previdenciárias ante outras categorias com custo bem mais elevado, parece antecipar o fato de que, mais uma vez, quem tiver o lobby mais fraco, vai pagar o pato.
Stephen Kanitz: “Saldo que deveria ser de 110 trilhões de reais está zerado”
O consultor Stephen Kanitz, mestre em administração de empresas da Harvard Business School, comenta o rombo da previdência: “Os economistas do Ministério da Economia ‘esqueceram’ de provisionar suas contribuições. Eles não pouparam. Não investiram. Simplesmente gastaram, cobrindo déficit após déficit. Hoje, o saldo que deveria ser de 110 trilhões de reais está zerado. O governo não tem absolutamente nada guardado”.
Projeto que permite barrar Alexandre de Moraes aguarda votação pelo plenário da Câmara dos EUA
O plenário da Câmara dos Representantes dos EUA aguarda inclusão na pauta de votação do texto chancelado por deputados do Partido Republicano, do presidente Donald Trump, e já aprovado pelo Comitê Judiciário – equivalente à Comissão de Constituição e Justiça no Brasil – que torna “inadmissíveis” e sujeitos à deportação “agentes estrangeiros” que venham a infringir o direito de liberdade de expressão por meio de censura a cidadãos dos Estados Unidos em solo americano. O projeto de lei, na prática, poderia barrar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de entrar no país ou até mesmo deportá-lo.
Deputado Zucco pede ao TCU que suspenda repasses do governo para contrato suspeito da COP30
O líder da Oposição na Câmara, deputado federal Zucco (PL), protocolou representação junto ao TCU, o Tribunal de Contas da União, solicitando a suspensão cautelar de um contrato milionário entre o governo federal e a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI). O governo federal assinou, em dezembro de 2024, um Acordo de Cooperação Internacional com a OEI no valor de R$ 478,3 milhões para a organização da COP30, que ocorrerá em novembro de 2025, em Belém (PA). O contrato foi firmado sem licitação, e o atual secretário executivo do Ministério da Educação, Leonardo Barchini, teria desempenhado um papel-chave na concessão de verbas à OEI. Antes de assumir o cargo no governo, Barchini era diretor da OEI no Brasil (de setembro de 2023 a julho de 2024). “Temos graves indícios de que possa ter havido facilitação na transferência de recursos para a organização antes e depois de sua nomeação no MEC. Isso precisa ser investigado urgentemente”, alertou Zucco.
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