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Brasil Seis em cada dez brasileiros usaram o crédito para comprar por impulso produtos que não eram essenciais e cuja aquisição poderia comprometer o orçamento

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Consumidor acaba endividado. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Em fevereiro, seis em cada dez brasileiros usaram o crédito para comprar, por impulso, produtos que não eram essenciais e cuja aquisição poderia comprometer o orçamento.

O resultado é de levantamento feito pelo birô de crédito SPC Brasil e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).

Os dados foram coletados em pesquisa pela internet com 910 pessoas entre 8 e 22 de março. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

A maioria dos produtos adquiridos por quem fez compras não planejadas foi roupas, calçados e acessórios, que responderam por 19%. Em segundo vieram as compras no supermercado (17%), além de perfumes e cosméticos (14%) e idas a bares e restaurantes (13%).

“O consumidor está andando no limite. O crédito fácil leva à compra impulsiva”, diz Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.

Ela critica especificamente a decisão de jogar as compras do supermercado no crédito. “É um gasto recorrente. Quando você usa o crédito fácil para essas compras do dia a dia, se tiver um imprevisto, pode se enrolar.”

No levantamento, o cartão de crédito apareceu como meio de pagamento preferido para 66% dos consumidores. Em seguida, com 13%, vem o crediário.

Marcela vê uma relação entre a facilidade propiciada pela internet e as compras por impulso. Na pesquisa, 33% dos entrevistados dizem que a rede mundial é o meio que mais estimula as aquisições não planejadas, por causa da facilidade de parcelamento.

“A vitrine do shopping é a mesma para todos. Na internet, tem uma customização da propaganda, fica mais fácil de convencer o consumidor a comprar”, diz.

Neste caso, o cuidado que deve ser tomado para evitar adquirir produtos por impulso é o mesmo da loja física: sair, pensar a compra e analisar se aquele artigo é realmente necessário. “A internet acaba ativando a parte do cérebro mais racional ou impulsiva, o que pode prejudicar o consumidor.”

Nova regra

A nova regra do pagamento mínimo do cartão de crédito tem potencial para reduzir as taxas de inadimplência desse tipo de crédito, mas, ao mesmo tempo, pode aumentar o risco de endividamento das famílias, criando o chamado efeito “bola de neve”.

Hoje, o cliente é obrigado a quitar 15% da fatura do cartão de crédito. Mas, a partir de 1º de junho deste ano, os bancos podem decidir qual vai ser esse percentual de acordo com o consumidor.

Segundo essa nova regra, em caso de alteração desse percentual mínimo de pagamento da fatura, o cliente deve ser comunicado com 30 dias de antecedência.

A expectativa de analistas é que os bancos reduzam —e não elevem— o percentual mínimo do cartão. Diante de uma exigência menor, caem as chances de o cliente não honrar esse pagamento mínimo, reduzindo os calotes.

Por outro lado, ao diminuírem para menos de 15% o percentual mínimo, os bancos poderiam abrir espaço para que até 100% da fatura pudesse ser rolada a uma taxa de juro que, embora tenha mostrado trajetória de queda, ainda é alta. Antes, os juros seriam cobrados sobre até 85% da conta.

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