Quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 12 de fevereiro de 2018
O segundo dia de desfiles das escolas do Grupo Especial no Sambódromo do Rio terá homenagens, gastronomia e mensagens contra a intolerância. As apresentações estão previstas para começar às 21h15min desta segunda-feira (12).
Seis escolas vão cruzar a avenida no segundo dia de desfile. Em 2018, há 13 – em vez de 12 – concorrentes ao título, já que, devido ao carnaval de acidentes graves em 2017, não houve rebaixamento e o Império Serrano ascendeu da Série A.
Unidos da Tijuca
A escola da Zona Norte presta uma homenagem ao ator, diretor, escritor e carnavalesco Miguel Falabella. Com o enredo “Um coração urbano: Miguel, o arcanjo das artes, saúda o povo e pede passagem”, os carnavalescos Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo vão contar a trajetória, desde a infância na Ilha do Governador, deste artista de sucesso.
Portela
Campeã de 2017, a Portela vai contar a saga de um grupo de judeus que veio ao Brasil para fugir da Inquisição na Europa e, depois de 20 anos, voltou a ser expulso pelos portugueses que reconquistaram Pernambuco. Esse grupo acabou fundando a cidade de Nova York. A carnavalesca Rosa Magalhães usa o enredo “De repente de lá pra cá e dirrepente de cá pra lá…” para pregar a tolerância com imigrantes e refugiados.
União da Ilha do Governador
A União da Ilha do Governador quer deixar no público um gostinho de quero mais. Com o enredo “Brasil bom de boca”, o carnavalesco Severo Luzardo vai contar um pouco da história da gastronomia brasileira e das influências que recebeu. A intenção é despertar desejo. No que diz respeito aos chefs de cozinha, ele já conseguiu: mais de cem vão desfilar na escola.
Salgueiro
A Acadêmicos do Salgueiro prestará uma homenagem às mulheres negras com o enredo “Senhoras do ventre do mundo”, de Alex de Souza. Trata-se de um verdadeiro tributo que vai passar por rainhas, guerreiras, revolucionárias, escritoras, mucamas, mães e artistas.
Imperatriz Leopoldinense
A Imperatriz Leopoldinense trará o enredo “Uma noite real no Museu Nacional”, de Cahê Rodrigues. É a história dos 200 anos do primeiro museu do país. Criado por Dom João VI e Dona Maria, reúne coleções de grande importância de história natural. Lá estão insetos, fósseis e meteoros. E o que é melhor: o museu está em um dos mais belos parques do Rio, a Quinta da Boa Vista.
Beija-flor de Nilópolis
A Beija-Flor de Nilópolis aproveitará os 200 anos do romance “Frankenstein”, de Mary Shelley, para fazer um paralelo com as mazelas brasileiras. Com o enredo “Monstro é aquele que não sabe amar. Os filhos abandonados da pátria que os pariu”, a comissão de carnaval promete fazer um verdadeiro protesto em seu desfile, ao fazer uma crítica às intolerâncias racial, sexual, religiosa e política.