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Por Redação O Sul | 23 de maio de 2019
Seis turistas brasileiros morreram na quarta-feira (22) em Santiago, no Chile, por inalação de gás. O grupo estava de férias e havia alugado um apartamento no Centro da cidade por meio de um aplicativo. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Os turistas brasileiros estavam a passeio no país havia cerca de uma semana. O grupo tinha dois casais e dois adolescentes. Seus nomes eram Fabiano de Souza, 41, e Débora Muniz Nascimento de Souza, 38, e os filhos Karoliny Nascimento de Souza, que faria 15 anos nesta sexta-feira (24), e Felipe Aílton Nascimento de Souza, 13. Eles moravam em Biguaçu (SC). A família havia viajado para Santiago para comemorar o aniversário de Karoliny.
O outro casal era formado pelo catarinense Jonathas Nascimento Kruger, 30, irmão de Débora, e a esposa dele, Adriane Kruger, 27, natural de Goiânia.
De acordo com o Itamaraty, a família dos brasileiros recebeu telefonemas durante a tarde de quarta-feira (22), em que seus parentes falavam coisas desconexas e sem sentido.
Alarmados, entraram em contato com a polícia brasileira. Um delegado de Florianópolis, por sua vez, acionou o consulado brasileiro no Chile, que enviou um representante ao apartamento.
O diplomata chegou ao local acompanhado de agentes da polícia, que tiveram que forçar a entrada no imóvel depois que ninguém respondeu à campainha.
Foram encontrados seis corpos: quatro adultos e dois adolescentes, de 13 e 14 anos. As janelas do apartamento, que fica no sexto andar, estavam fechadas.
“Constatamos que havia seis pessoas mortas, quatro adultos e dois menores de idade, e que provavelmente suas mortes foram causadas por um vazamento de gás”, disse o comandante Rodrigo Soto à imprensa local.
O prédio, localizado na esquina das ruas Santo Domingo e Mosqueto, no centro de Santiago, foi esvaziado, assim como os imóveis próximos.
Bombeiros testaram o ar dentro do apartamento e encontraram altas concentrações de monóxido de carbono, um gás incolor e inodoro cuja inalação pode levar à morte. Foi aberta uma investigação sobre o incidente.
Autoridades chilenas ainda não identificaram a causa do vazamento do gás nem seu local exato. Tampouco se sabe por quanto tempo os brasileiros foram expostos a ele.
O Itamaraty informou que serão realizados exames para identificação dos corpos e determinação da causa das mortes.
No início da tarde desta quinta-feira (23), o Airbnb disse que pagará pelo translado dos corpos. O anúncio veio depois que a família dos turistas criou campanha para arrecadar fundos para esse fim.
O Airbnb possui um seguro para proteger danos aos imóveis e indenizar os proprietários se ocorrerem problemas. Em situações de acidentes com turistas, as situações são avaliadas caso a caso, segundo a assessoria de imprensa da empresa.
“Estamos profundamente consternados com este trágico incidente. Nós nos solidarizamos com os familiares e estamos em contato para prestar todo apoio necessário aos familiares neste momento difícil”, disse o aplicativo, em nota.
O governo de Santa Catarina informou, por nota, que acompanha a investigação das circunstâncias das mortes, pelas autoridades chilenas, e que atua para facilitar os trâmites de liberação dos corpos.
A prefeitura de Biguaçu, onde quatro das vítimas moravam, decretou luto oficial por três dias na cidade, e disse estar em contato com as autoridades federais e estaduais para tratar do translado dos corpos e organizar um velório coletivo.