Não há o que esconder sobre Lionel Messi. Todo mundo sabe que ele é um gênio do futebol mundial. Os golaços que a gente só acredita porque pode ver, feitos de todo jeito – de perto, de longe, com a bola rolando, de falta, pênalti… os dribles, feitos com enorme facilidade. É um talento tão grande que nem mesmo quem o conhece bem consegue explicar.
“O Messi é diferente, um jogador que não tem muita explicação. É óbvio que todo mundo precisa aprender alguma coisa, mas eu acho que ele foi o que nasceu com quase tudo, tudo certinho”, diz o ex-meia Deco, com quem o atacante atuou no Barcelona no início da carreira.
Mas quem conhece o argentino longe dos holofotes, vê que ele é uma pessoa comum. Bastante caseiro, com esposa – que conhece desde a infância – , os filhos e um cachorro. E alguns amigos mais próximos, como Neymar e Luis Suárez – o trio MSN, que fez história no time catalão entre 2014 e 2017.
“Ele é reservado no dia a dia, mas com quem é amigo, onde se sentir bem, ele é muito mais solto, muito mais tranquilo. Mas é o jeito e a forma dele, sempre foi assim”, explica Deco.
O volante brasileiro Paulinho, outro ex-companheiro de Barcelona, segue a mesma linha.
“Tive o privilégio de jogar com o Messi, de dividir vestiário, os momentos com ele, momentos incríveis. É um cara supersimples, um cara super-humilde, sempre focado no trabalho dele. A forma que ele trata com o grupo, o respeito, o carinho que ele tem com todos e todos os jogadores. É uma coisa impressionante”.
La pulga
Foi de uma província de Santa Fé, na Argentina, que nasceu o jogador responsável por cativar corações ao redor do planeta, de crianças, de adultos, de apaixonados por futebol e até mesmo de não-apaixonados. Todavia, antes mesmo de desfilar sua magia nos campos de futebol, Lionel Messi teve que enfrentar uma situação inusitada.
Conhecido como “La Pulga” quando surgiu, exatamente por conta da pouca estatura, o jogador fez um procedimento hormonal durante boa parte da vida. Isso porque Messi foi diagnosticado com deficiência de hormônios do crescimento quando tinha 13 anos, tendo emigrado para Espanha de modo a ingressar no Barcelona, que concordou em pagar o seu tratamento médico.
Messi também é ligado às origens. Preserva até hoje o time de coração, o Newell’s Old Boys – inclusive vestiu a camisa da equipe quando o astro Diego Maradona morreu. Mas fora do país natal, tem como maior casa a cidade de Barcelona. Ele passou mais de 20 anos em solo catalão, desde a adolescência até poucos anos atrás. Lá, levou a vida tranquila e discreta do jeito que gosta.
É desta forma – o mais humilde e normal dos gênios – que Lionel Messi chega à Copa do Mundo 2022, no Catar, em busca do primeiro título mundial da sua história, e o terceiro da Argentina. Ele busca disputar a sua segunda final – desta vez com um resultado final diferente da primeira, aqui no Brasil, em 2014.