Por um momento, a reação pareceu possível. Depois de um início muito ruim, o Brasil tentou se impor na marra. Tainara, que saíra do banco, deu mais força ao ataque e recolocou a seleção na briga. A virada, porém, não veio. A China se manteve firme e deu um fim precoce ao sonho de um título inédito da Liga das Nações. Nesta quinta-feira (13), em Arlington, nos Estados Unidos, as rivais asiáticas derrubaram o time de José Roberto Guimarães em 3 sets a 1, parciais 25/21, 25/20, 20/25 e 25/23.
É a primeira vez que o Brasil fica fora das semifinais da competição. Nas quatro edições anteriores da Liga, somou três vices e um quarto lugar. Na próxima fase, a China vai encarar a Polônia, que passou pela Alemanha na quarta-feira. Os times se enfrentam às 18h no sábado, em busca da vaga na decisão.
Como foi o jogo?
O Brasil começou mal. Diante de uma China firme, a seleção não conseguiu se impor nos primeiros sets. Zé Roberto, então, mudou. Tainara foi à quadra e deu mais força ao time. Thaísa e Gabi também cresceram. Ainda assim, no fim, a equipe caiu diante das rivais e deu adeus à briga por uma medalha na competição.
1° set – Instável, Brasil é dominado pela China
Um ataque de Li Yingying abriu a contagem da partida. Foi um início equilibrado. Em um ace de Kisy, o Brasil tomou a frente em 4/3. A China, porém, voltou a ficar em vantagem e marcou 7/5 depois de um toque de Macris na rede. Zé Roberto, então, pediu tempo. As chinesas ampliaram na volta, mas o Brasil diminuiu a diferença com um ace de Thaísa. O saque, aliás, era a principal arma da seleção àquela altura. Depois de a China voltar a abrir, Gabi, com um novo ace, diminuiu para 11/10.
Gabi, um pouco depois, deixou tudo igual em 12/12. O Brasil, porém, tinha dificuldades de tomar a frente. A China abria, e a seleção até ia buscar. Mas, na hora de virar o placar, abria espaço para que as rivais voltassem a descolar no placar. Quando Gabi ficou no bloqueio de Wang, as chinesas marcaram 20/17, e Zé parou o jogo mais uma vez. Não adiantou. Dali para o fim, as rivais caminharam tranquilas para fechar o set: 25/21.
2° set – China se impõe e amplia vantagem
Carol virou a primeira bola à perfeição e colocou o Brasil à frente na volta à quadra. A seleção parecia melhor àquela altura. Depois de um bom passe de Maiara, Macris levantou para Thaísa virar e abrir 5/3. Mas a China não demorou a reagir. No ataque para fora de Gabi, as rivais marcaram 8/5, e Zé Roberto pediu tempo. Pouco mudou, porém. Wang, um dos destaques do jogo, marcou 14/8.
Zé, então, tentou mudar. Mandou Julia Bergmann à quadra no lugar de Maiara em busca de um maior equilíbrio das ações. A diferença no placar diminuiu para 15/12. Mais à frente, em uma troca simples, Roberta foi para o lugar de Macris. Um bloqueio de Carol sobre Gong pareceu dar gás à reação, marcando 18/16 no placar. A China, porém, voltou a abrir, e Zé parou o jogo. Tainara também foi à quadra e até conseguiu três bons pontos. Mas já não dava mais para buscar. Em um novo ataque de Li, 25/20.
3° set – Brasil reage e se mantém na briga
O início do terceiro set foi ainda pior. A seleção pareceu sentir a queda nos primeiros sets e viu a China abrir 7/1 na volta à quadra. Mas o Brasil reagiu. Pelas mãos de Tainara, que entrou bem na partida, a equipe aos poucos tirou a diferença. O empate veio em um ace de Macris, marcando 11/11. Era outro jogo. O Brasil ainda cometia erros, mas estava na briga.
No olho certeiro de Zé Roberto, a seleção marcou 18/18 depois de um desafio de toque na rede pedido pelo técnico. Assim, abriu espaço para Gabi chamar o jogo. Em dois pontos seguidos, a capitã marcou 20/18 e colocou o Brasil em seu melhor momento na partida. Macris, com dois aces seguidos, manteve a seleção na briga: 25/20.
4° set – Brasil luta, mas cai para a China
O Brasil tentou manter o ritmo. Mais firme no passe e na defesa, a seleção quis dar sequência à reação. A China, porém, voltou a crescer. No ponto de Wang, as rivais marcaram 6/3, e Zé Roberto pediu tempo. O placar aumentou para 9/5, mas o Brasil mais uma vez foi buscar. Em um lance de pura categoria de Macris, a diferença caiu para apenas um ponto (9/8).
O Brasil virou. Com Diana, a seleção marcou 15/14 e tomou a dianteira. Gabi, na sequência, aumentou o placar para 16/14. A China foi buscar mais uma vez. Em um bloqueio de Zheng sobre Gabi, as rivais marcaram 17/16. A seleção, porém, se manteve firme na briga. Thaísa, mais à frente, marcou 20/19. Só que não era um jogo simples. Na reta final, a China reassumiu a dianteira e deu fim à reação. Em um saque na rede de Tainara, 25/23 e fim de jogo.