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Seleção Feminina estreia neste domingo na Copa do Mundo com a gaúcha Mônica como capitã

Mônica durante reconhecimento no Stade des Alpes. (Foto: Assessoria/CBF)

Depois de meses de preparação, está chegando a hora da estreia da Seleção Brasileira Feminina na Copa do Mundo da França. Neste domingo (9), às 15h30 na França (10h30 no Brasil), a equipe comandada pelo técnico Vadão enfrenta a Jamaica, na primeira rodada do Grupo C. Na estreia, a zagueira Mônica, gaúcha, será a capitã do Brasil. Essa será a primeira vez que a defensora usará a braçadeira desde o início de uma partida.

“A estreia em si já é algo muito importante para nós. As meninas sabem que essa faixa é só uma representação, ser líder dentro de campo é estar sempre pronta para ajudar a equipe em qualquer momento. Eu tenho certeza que essa vontade nunca faltou e espero que a gente possa fazer uma grande partida. Acho que vamos surpreender, e a estreia é o jogo mais importante temos que cumprir o nosso objetivo e aproveitar cada momento”, avalia Mônica.

No treino deste sábado, o comandante da equipe ajustou o time para o duelo diante das caribenhas. A atividade foi aberta para a imprensa nos quinze minutos iniciais. Pela tarde, Vadão e Mônica participaram da coletiva oficial de imprensa da Fifa, após realizaram reconhecimento de campo no estádio Stade des Alpes, juntamente com membros da comissão técnica, a atacante Marta e a chefe de delegação Michelle Ramalho.

Convocada para a zaga da defensora Érika, a zagueira Daiane se apresentou em Grenoble na noite deste sábado (8).

Copa do Canadá

A última Copa foi sediada na América do Norte, no Canadá. Foi a primeira edição com 24 equipes e pela primeira vez a América do Sul teve três representantes: Brasil, Colômbia e Equador.

No total, foram oito seleções estreantes no Canadá. Além do Equador, Suíça, Holanda, Tailândia, Costa Rica, Camarões e Costa do Marfim disputavam pela primeira vez um jogo de Copa do Mundo Feminina. A edição de 2015 marcou a estreia do técnico Vadão no comando da Seleção em um Mundial.

O Brasil passou bem pela primeira fase: três vitórias sem sofrer gols. Na estreia, triunfo por 2 a 0 sobre a Coreia do Sul, com gols marcados por Marta e Formiga. Contra a Espanha, um gol de Andressa Alves deu a vitória simples ao time brasileiro. O técnico Vadão mudou todo o time para enfrentar mais uma estreante, a Costa Rica, e a vitória veio com um gol de Raquel.

Nas oitavas de final, fase disputada pela primeira vez no Mundial do Canadá, a Austrália derrotou a Seleção por 1 a 0 e adiou o sonho do título inédito. A final foi mais uma vez disputada entre Japão e Estados Unidos, mas as americanas levaram a melhor em 2015, e levantaram pela terceira vez o título de campeãs.

Edições anteriores

Em 2011, na Alemanha, deu Japão. Antes, o encontro das brasileiras com as americanas nas quartas de final foi de tirar o fôlego. Empate em 1 a 1 no tempo normal e mais um gol para cada lado na prorrogação. Marta marcou os dois do Brasil. Na decisão por pênaltis, melhor para os Estados Unidos. As americanas chegaram à final e enfrentaram as japonesas. Só que quem levou a melhor nas penalidades foi o Japão, último campeão inédito do Mundial.

Na edição de 2007, na China, as brasileiras chegaram ao vice-campeonato. Brasil e Argentina foram os países classificados da América do Sul.

A seleção então comandada por Jorge Barcellos foi cercada de muito talento, mesclando harmonia, experiência e entrosamento, fatores que foram importantes para uma campanha histórica.

Os nomes não eram poucos: Marta, Cristiane, Pretinha, Formiga, Maycon, Tânia Maranhão, Daniela Alves, Ester e mais uma sobra do talento típico brasileiro para lidar com a bola. Também foi o primeiro Mundial da goleira Bárbara, que era a reserva da titular Andréia Suntaque.

A fase de grupos foi arrasadora: 5 a 0 sobre a Nova Zelândia, com gols de Daniela, Cristiane, Marta duas vezes e Renata Costa; 4 a 0 sobre a anfitriã China, com Marta e Cristiane marcando duas vezes cada; uma vitória simples sobre a Dinamarca, gol salvador de Pretinha nos acréscimos.

Depois vieram as quartas de final: a Austrália caiu no caminho. Um 2 a 2 persistia até o minuto 30 do segundo tempo, quando Cristiane deu a classificação ao Brasil.

Então veio a semifinal, em um duelo muito aguardado contra as americanas, bicampeãs mundiais. Poucos poderiam prever o fim daquela noite em Hangzhou. O Brasil teve uma atuação de gala, goleou por 4 a 0 e Marta marcou um gol que quem assistiu nunca mais esqueceu. Considerado por muitos o mais bonito das Copas. Ela ainda marcou outro gol no jogo. Leslie Osborne abriu o placar com um gol contra e Cristiane fechou a conta.

A final em Xangai foi contra a fortíssima seleção alemã. Foi uma doída derrota por 2 a 0, mas que não impediu aquele time brasileiro de fazer história. Marta, camisa 10 da Seleção, foi a artilheira e eleita melhor jogadora do torneio.

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