Ícone do site Jornal O Sul

Selton Mello fala de “Sessão de Terapia” e de retorno às novelas

Aos 46 anos, Selton Mello tem experiência em estar, ao mesmo tempo, atrás e na frente das câmeras. (Foto: Guillermo Giansanti/Divulgação)

Cinco anos depois do fim de sua terceira temporada, “Sessão de Terapia” volta com novos episódios – e nova configuração. A começar pela figura central da série. Diretor das temporadas anteriores, Selton Mello assume agora também o papel de terapeuta, substituindo o ator Zécarlos Machado, que vivia o psicólogo Theo Cecatto.

Outra novidade é que a série estreia primeiro no Globoplay, no próximo dia 30, e só no ano que vem no GNT, canal onde as três primeiras temporadas foram exibidas entre 2012 e 2014.  Aos 46 anos, Selton tem experiência em estar, ao mesmo tempo, atrás e na frente das câmeras. Em produções como os filmes “O Palhaço” (2011) e “O Filme da Minha Vida” (2017), por exemplo, ele já se dividia entre a atuação e a direção dos longas.

“Esse é um processo mais doido para quem está de fora. A Fabíula [Nascimento, que está no elenco da nova temporada], por exemplo, falou que, nos primeiros dias, ficava mais me assistindo fazendo essa maratona do que qualquer outra coisa”, contou o ator. “Quem está de fora fica assim: ‘Peraí, ele virou a câmera para ele, está emocionado, já virou para mim, está me dirigindo’. Mas eu acho que é porque faço isso desde criança. Para mim, não tem mistério, principalmente essa série, que já tinha um tom, já tinha um ritmo, um jeito de contar. Isso eu não mudei.”

Mas essa dupla jornada de Selton não foi algo planejado quando ele, o produtor Roberto d’Avila e o GNT decidiram retomar a série. Eles esbarraram numa questão: Zécarlos Machado é contratado da Record.

“Isso foi um certo drama: cancela, não dá. Mas o Roberto e o GNT falaram: não, vamos nessa, é sua série, a gente troca o terapeuta, de repente um cara mais novo, com outras questões, outro jeito de trabalhar”, lembra. Selton partiu, então, em busca de seu novo protagonista. Outro impasse. Atores que ele sondou, como Alexandre Nero, estavam com agenda cheia, mas fizeram a mesma sugestão: que o próprio Selton interpretasse o papel.

Selton interpreta o psicólogo/psicanalista Caio Barone, que tem um vínculo com Theo – Caio fazia terapia com ele na adolescência. “O Caio tem um pouco mais de humor, talvez o Theo, mais velho, era um pouco mais sisudo.” Baseada na série israelense BeTipul, “Sessão de Terapia”, com roteiro de Jaqueline Vargas, tem como cenário principal o consultório, e é ali que se concentra a história: a relação entre terapeuta e paciente, a complexidade dos personagens, as tensões, os dramas sendo expostos aos poucos.

Caio também enfrenta uma tragédia pessoal, mas não deixa que isso interfira em seu trabalho. O terapeuta também precisa de terapeuta. E, em busca de sua saúde mental, ele conta com o suporte de Sofia, sua supervisora, personagem vivida por Morena Baccarin – e que entra no lugar da atriz Selma Egrei.

Retorno à novela

Enquanto divulga “Sessão de Terapia”, Selton Mello se prepara para voltar às novelas depois de 20 anos. Seu último trabalho num folhetim foi em “Força de um Desejo”, exibido entre 1999 e 2000 – também em 99, ele fez sucesso como Chicó na minissérie “O Auto da Compadecida”, que virou filme. Em 2020, ele viverá dom Pedro II na novela das 18h “Nos Tempos do Imperador”, continuação de “Novo Mundo”, também dos autores Alessandro Marson e Thereza Falcão.

“Estou vendo Novo Mundo agora. Um dos estudos que estou fazendo é, às vezes, ficar assistindo aos capítulos da novela. Sou filho de Leticia Colin e Caio Castro. Adoro produção de época, estudar um outro período, os figurinos, a direção de arte, e fiz muito. Sou um especialista nisso, Os Maias, Ligações Perigosas, a própria Força de Um Desejo era uma novela de época”, disse ele, que já reservou seu próximo ano para a novela.

 

Sair da versão mobile