Após transformar, nas eleições de 2018, o PSL de partido nanico a um dos gigantes do parlamento brasileiro, o presidente Jair Bolsonaro abandonou a sigla em 2019, diante de divergências internas.
O caminho foi criar um novo partido, a Aliança pelo Brasil. Porém, diante da orientação para que não fossem aceitas doações ou apoios empresariais para custear as despesas de formação do novo partido, o processo vem ocorrendo muito lentamente, o que impediu que já nas eleições municipais de 2020, a Aliança apresentasse candidatos a prefeituras e Câmaras de Vereadores.
O novo partido de Bolsonaro
O caminho, anunciou ontem Jair Bolsonaro, será filiar-se a um partido já existente, e reunir seus apoiadores em torno desta sigla. Nesta opção não está descartado o próprio PSL, cujo presidente Luciano Bivar já emitiu sinais de que aceitaria mudar algumas posições do partido para receber de volta Jair Bolsonaro.
Nesta linha de preferências, caso a criação da Aliança pelo Brasil seja descartada, estão também o Patriota, e o Republicanos. Ontem Bolsonaro sinalizou como será o anúncio:
“Em março eu decido, ou decola o partido ou vou ter que arranjar outro. Se não decolar, a gente vai ter que ter outro partido, se não, não temos como nos preparar para as eleições de 2022.”
PT fora da Famurs
O tradicional acordo para o comando da Famurs, a Federação que reúne os 497 prefeitos do Rio Grande do Sul, prevê um rodízio entre os quatro partidos com maior número de prefeituras.
O PT, que nas eleições municipais de 2020 elegeu apenas 23 prefeitos, não figurou entre os quatro principais partidos, e pretendia mudar as regras do jogo, mas a proposta foi rechaçada pelos demais 456 prefeitos, e o partido ficará fora do rodízio no comando da Famurs para os próximos quatro anos.
A Federação será comandada por prefeitos do PP, MDB, PDT e PTB. O próximo presidente da Federação será um prefeito do PP, que elegeu 145 prefeitos. Em segundo, ficou o MDB com 135, vindo em terceiro PDT com 65, e em quarto o PTB com 31.
O PSDB ficou na quinta posição com 29 prefeituras, e o PT em sexto, com 23 prefeitos eleitos.
Ricardo Gomes: desenvolvimento econômico será saída para aumentar receita
O vice-prefeito de Porto Alegre, Ricardo Gomes alertou ontem durante encontro do Democratas, que o município não poderá fugir da responsabilidade de votar um novo regime de previdência. Ao lado do presidente estadual Rodrigo Lorenzoni, do presidente municipal Reginaldo Pujol, da vereadora Nadia Gerhardt e do Secretário Pablo Mendes Ribeiro, dentre outros lideres do partido, Ricardo Gomes lembrou uma frase do prefeito Sebastião Melo: “Sem desenvolvimento econômico, não há cuidado social”.
Ele alertou que a capital gaúcha não fez as mudanças do sistema de previdência que a União e os Estados fizeram, e isso trará um déficit da ordem de R$ 1,5 bilhão para os cofres da capital gaúcha. O município, alertou, terá fazer estas mudanças, e buscar recursos para entregar o que a população pede:
“A promoção da liberdade econômica é a negação de qualquer aumento de impostos ou taxas. Então, o caminho para buscar recursos não será pelo aumento de impostos, mas pelo desenvolvimento econômico.”