Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 9 de maio de 2020
O Dia das Mães vai ser diferente de todos os outros, neste domingo (10), por causa das medidas de prevenção ao contágio do novo coronavírus. Ninguém, no início do ano, imaginava ter que passar esse dia afastado ou com várias restrições no contato. Mas, se o abraço e o beijo estão proibidos, as demonstrações de carinho podem ser pelas redes sociais, telefone e pelo computador.
Esse é o conselho dos profissionais de saúde, principalmente aqueles que estão nos hospitais, com muita saudade e enchendo as mães de orgulho e gratidão.
Eles fazem parte de uma equipe que tem como missão cuidar dos pacientes. Muitos médicos, enfermeiros, técnicos e fisioterapeutas, entre outros profissionais, tiveram que abrir mão do convívio com a própria família. Decisão tomada por amor.
Infectologista no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), João Paulo não abraça a mãe há dois meses. “Infelizmente eu estou separado da minha mãe por ela ser idosa. E para evitar que ela se contamine com a doença, então a gente só se vê virtualmente. É esse o conselho que eu dou pra você. Vamos proteger as nossas mães e as mães dos outros”, lembrou.
Do outro lado dessa história, estão as mães que compartilham da preocupação e do orgulho que a mãe do médico João Paulo está sentindo.
“Apesar do isolamento social e da distância, eu sinto orgulho de você. Eu sei que sua missão como médico, de salvar vidas, está sendo cumprida”, afirma a mãe do infectologista Cristina França.
Fátima Lima é médica, mas virou paciente por causa do novo coronavírus. Já está de alta, mas ainda cheia de lembranças do quanto a doença pode ser solitária e, de forma geral, pesada e triste.
“Mas, graças a Deus, assim como eu, outras pessoas também estão se curando, se recuperando. O tempo é muito rápido e algumas vezes a oportunidade se perde e terminamos não dizendo aquilo que queremos. Que a gente possa aproveitar a oportunidade e dizer que amamos quem nós amamos. Falar palavras doces”, aconselhou.
Pacientes como Fátima têm muito que agradecer aos médicos e – por que não? – às mães dos médicos também. De um jeito ou de outro, estamos todos vivendo a mesma história.
“Mãe, estou morrendo de saudades, se proteja, te amo!!”, declarou o infectologista João Paulo. “A saudade é grande viu, mas é necessária. Obrigada por fazer parte da minha existência. Eu amo você”, respondeu a mãe dele, Cristina França.