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Armando Burd Sem chance

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Dos 35 membros presentes na reunião da Executiva, 30 votaram pelo arquivamento do pedido. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O governo federal ensaia os primeiros movimentos para convencer congressistas sobre a necessidade de aumentar alíquotas do PIS e da Cofins, além de outros tributos. Parlamentares se antecipam, mandando recado ao Palácio do Planalto: quando o ano eleitoral se aproxima, a memória se torna mais aguçada. Aprovar outro saque no bolso dos contribuintes equivale a um passaporte que inviabiliza o próximo mandato.

A dança dos juros
Em reunião extraordinária, a 14 de outubro de 2002, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou de 18 para 21 por cento ao ano a taxa de juros básicos, conhecida como Selic e usada como indicador fundamental para o mercado financeiro.
Dia 24 deste mês, o Copom terá o penúltimo encontro do ano. Em setembro, a taxa caiu de 9,25 para 8,25 por cento, chegando ao menor nível desde outubro de 2013. A previsão agora é que venha para 7,25 por cento. Com a inflação prevista para ficar em 3 por cento até o final de  2017, continuam as reclamações de empresários e consumidores.

 A rota
Economistas sugerem que entre na cartilha do Ministério da Fazenda: a maior contribuição que o governo federal pode dar para a recuperação econômica é controlar suas contas, reconstruir os superávits primários, conter o crescimento da dívida e refazer a estabilidade política. Sem isso, nenhuma política pública destinada a promover a volta do crescimento do Produto Interno Bruto e a geração de empregos será exitosa.

 Vai ou não vai?
As terças-feiras passaram a ser conhecidas como Dia do Bingo na Assembleia Legislativa. Tanto pode sair a bolinha premiada, que corresponde a votações emperradas ou adiamento para a semana seguinte.
Inadmissível
Aécio Neves precisa do apoio de 41 senadores, na terça-feira, para retomar o mandato. Buscando chegar a tanto, seus amigos pressionam para que o voto seja secreto. A resistência a essa virada de mesa precisa aumentar.

Chega de biombos
Muitos dos atuais calotes deverão diminuir: a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou proposta que torna obrigatória a publicação das tabelas de tarifas como água, luz, telefone e gás, em páginas na internet das prestadoras dos serviços. Também deverão ser divulgados os reajustes dos últimos cinco anos. O plenário precisa se apressar para tornar lei.

Bom exemplo
O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, enviou projeto à Câmara Municipal, atualizando os valores do Imposto Predial e Territorial e Urbano do próximo ano apenas com o índice da inflação de 2017. Junto foi a mensagem: “Falta dinheiro em caixa, sim, mas aumentar impostos em meio à crise econômica e de desemprego torna-se inconcebível.”

Diferença
Na próxima quinta-feira, vai se completar um ano da prisão de Eduardo Cunha, acusado de receber propina de contrato de exploração de petróleo no Benin, África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro. O Supremo Tribunal Federal tirou seu mandato e nem julgou se o Legislativo teria algo a dizer a respeito.

Outro parâmetro
A 14 de outubro de 1992, Shin Kanemann, considerado o político mais poderoso do Japão, renunciou ao mandato de deputado que ocupava há 34 anos. O motivo foi o escândalo aberto com sua confissão de que recebeu 4 milhões de dólares de uma empresa ligada à Máfia.

 Via legal
Piratear é barato. Custa menos da metade do produto original. Basta copiar o que outros levaram anos para desenvolver. Além disso, a matéria prima usada muitas vezes tem como procedência o roubo ou o contrabando. Quanto ao pagamento de impostos, os vendedores nem sabem o que significa.

Inversão de papéis
Em uma democracia, partidos políticos reúnem atores notáveis, mas há muitos canastrões misturados que decoram o famoso monólogo O Demagogo.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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Cartão de visitas nota 10
Contra-ataque do discurso
https://www.osul.com.br/sem-chance/ Sem chance 2017-10-14
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