Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de agosto de 2016
Os eleitores tailandeses foram às urnas neste domingo (07) para decidir se aprovam ou rejeitam uma proposta de constituição que fortalece o poder da Junta Militar. Os militares estão no poder há dois anos, desde um golpe que derrubou a então primeira-ministra Yingluck Shinawatra. As cédulas traziam ainda uma segunda questão: o Senado deve intervir na eleição do primeiro-ministro?
A campanha do referendo foi marcada pela proibição dos debates sobre o novo texto, sob pena de prisão, e a prisão de quem defendia abertamente o “não”.
Os panfletos distribuídos pela Comissão Eleitoral associam as novas leis à felicidade do país e mostram fotos de crianças sorridentes. Deixam de lado o fato de que, se o “sim” vencer, o Senado deixará de ser eleito pelo povo e o Parlamento, ainda que eleito, será subordinado à Junta Militar.
O presidente da Junta Militar e primeiro-ministro do país, Prayut Chan-ocha, votou no centro eleitoral de Soi Pradipat 5, em Bancoc. “Se trata do futuro da Tailândia. É a democracia. Vão votar”, pediu.
Os partidários da reforma constitucional alegam que a nova Carta Magna permitirá destravar a burocracia política e organizar as eleições legislativas previstas para 2017. Os primeiros resultados devem ser divulgados às 21h locais (11h de Brasília). (Folhapress)