Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 1 de maio de 2022
O presidente Jair Bolsonaro foi a uma manifestação neste domingo (1º) em Brasília organizada por apoiadores e simpatizantes de seu governo. Ele não discursou. Os manifestantes estavam concentrados no gramado em frente ao Congresso Nacional, grande parte vestindo as cores verde e amarelo e carregando cartazes com frases de apoio ao presidente.
Houve também cartazes e falas em carros de som pedindo intervenção militar e fazendo ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF). Intervenção militar e ataques aos poderes são inconstitucionais.
Bolsonaro foi de carro até as proximidades do ato e depois percorreu um trecho a pé até se aproximar dos apoiadores. Depois andou em um corredor que se formou entre os manifestantes. Cumprimentou os apoiadores e acenou. Em seguida, foi embora. A participação do presidente durou cerca de 10 minutos.
Em determinado momento da caminhada, Bolsonaro deu uma declaração para uma pessoa que estava transmitindo o ato ao vivo na conta do Facebook do presidente. Bolsonaro disse que tinha ido cumprimentar os brasilienses pela manifestação. “Cumprimentar o pessoal que está aqui numa manifestação pacífica em defesa da Constituição, da justiça e da liberdade”, afirmou.
Manifestações
O Dia do Trabalhador foi marcado por manifestações a favor de Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em diferentes pontos do País. Porém, apesar das convocações pela internet de ambos os lados, os dois eventos ocorreram com presença do público abaixo do esperado.
Em São Paulo, os atos ocorreram em dois pontos — distantes cerca de 3 km um do outro. Na Avenida Paulista se reuniram os manifestantes favoráveis ao governo. Já no Pacaembu os apoiadores de Lula. A Polícia Militar não apresentou estimativas de público.
No ato pró-Bolsonaro, a concentração ocorreu em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo) e os manifestantes se concentraram em duas quadras da Paulista, mas se espalharam em outros pontos da avenida, com bastante espaçamento. Bolsonaro não participou, mas mandou um vídeo no qual disse que deve lealdade aos apoiadores.
Já no ato pró-Lula ocupou a metade da Praça Charles Miller – em frente ao Estádio do Pacaembu -, que tem 55 mil metros quadrados. O ex-presidente participou da manifestação e inicialmente pediu aos policiais: “Erram, mas salvam vidas”. No sábado, Lula disse: “Ele [Bolsonaro] não gosta de gente, ele gosta de policial”. O ex-presidente Lula também reservou parte do seu discurso para criticar Bolsonaro.
Em Brasília, o ato a favor de Bolsonaro ocorreu na Esplanada dos Ministérios, mas com público reduzido. A assessoria da Polícia Militar do DF disse que não possui estimativa de público, que começou a chegar ao local por volta das 9h. Já Secretaria de Segurança Pública de Brasília afirmou que não faz contagens como esta.
O organizador e locutor do evento, o empresário João Salas, disse que estima que entre 10 mil e 15 mil pessoas estavam no evento — a reportagem observou que os manifestantes ocupavam o espaço equivalente a uma quadra na grama da Esplanada, mais próximo ao Congresso, na chamada Praça das Bandeiras. Também havia outros militantes, em número menor, em outra quadra de gramado.
No Rio de Janeiro também houve protestos a favor de Bolsonaro, que contaram com a participação do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). Na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio, Silveira afirmou que o país tem presos políticos e que “age como uma ditadura”.
O deputado permaneceu por cerca de uma hora em Copacabana. No carro de som, discursou ao lado do deputado estadual do Rio Rodrigo Amorim (PTB).
No início da manhã, em Niterói (RJ), ele foi chamado de “o homem que vai explodir o STF (Supremo Tribunal Federal)” durante ato na Praia de Icaraí. O político classificou como “inconstitucional” sua prisão após fazer ameaças a ministros da Corte e afirmou que o socialismo “vem avançando de forma camuflada”.