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Política Sem Estados na reforma da Previdência, “bomba” irá para o governo federal, dizem governadores

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"Eu costumo dizer que o servidor paga a contas duas vezes", declarou Leite

Foto: Divulgação
Eduardo Leite se reuniu com deputados em café da manhã no Palácio Piratini. (Foto: Divulgação)

Os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), demonstraram preocupação com a ausência de Estados e municípios na reforma da Previdência. Segundo eles, a “bomba vai sobrar para a União”.

A reforma da Previdência foi promulgada pelo Congresso Nacional em novembro, mas não mudou as regras de aposentadoria dos servidores estaduais e municipais. A chamada “PEC paralela”, que facilita a adesão de Estados e municípios às novas regras, já foi aprovada pelo Senado e agora está na Câmara dos Deputados.

Para Leite, a falta de uniformidade nas regras da Previdência pode afetar todo o País. “Essa desuniformidade gera, além dos problemas fiscais, uma pressão em alguns Estados para que sejam mais leves nas suas regras previdenciárias, porque às vezes o vizinho é. Não tenho dúvidas de que as regiões vão ficar comparando: ‘Olha, nós aqui estamos aposentando mais tarde que o Estado vizinho’. Então, ter a uniformidade é importante. A conta, no final das contas, é da União, é de todos os brasileiros, de todos os Estados para pagar a conta daqueles que não tiverem feito a lição de casa”, afirmou o governador gaúcho.

“Eu costumo dizer que o servidor paga a contas duas vezes. Ele paga no atraso do pagamento dos salários e paga a conta como cidadão também porque o Estado não investe. Consequentemente, ele sofre como cidadão a precarização de serviços que ele usufrui e, além disso, o Estado cobra o imposto mais alto”, ressaltou.

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