Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de setembro de 2019
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), alegava ter orçamento suficiente apenas para agosto. Não se tem, contudo, a garantia para setembro. A falta de dinheiro de um dos maiores financiadores da pesquisa no Brasil pode afetar as verbas pagas aos 79.538 bolsistas ativos no Brasil.
Criado em 1951, o CNPq incentiva o desenvolvimento da ciência e da pós-graduação no país, por meio do pagamento de bolsas a estudantes da graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado, além do financiamento de projetos de pesquisa.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, afirmou na semana passada que o dinheiro acabava neste sábado (31).
Na sexta-feira (30), o governo federal afirmou que estuda uma medida para usar o Sistema S para pagar as bolsas de pesquisas, hoje sob risco de descontinuidade. Avalia-se desde repassar parte das bolsas – mais ligadas, por exemplo, ao sistema produtivo –, ou até mesmo todo o aparato de fomento à pesquisa.
Bolsas suspensas
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) já havia informado que novas indicações de bolsas estão suspensas e que o orçamento para o órgão não deve ser integralmente recomposto em 2019. Com déficit de mais de R$ 300 milhões, que vem desde a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2019, aprovada em 2018, a agência já havia congelado chamadas para financiamento de pesquisas.
Segundo uma carta assinada por sete ex-presidentes do CNPq, caso o orçamento não seja recomposto, serão perdidas décadas de investimentos em recursos humanos e infraestrutura.