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Sem votos, Lula ainda tenta adiar votação dos vetos

Líderes do governo Lula no Congresso continuam tentando adiar outra vez a sessão do Congresso que irá analisar 32 vetos presidenciais nesta quinta-feira (9). Agora, o Planalto alega como pretexto a destruição provocada pelas chuvas torrenciais no Rio Grande do Sul, ainda sem claro impacto no orçamento. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sempre bonzinho com o governo, sinalizou negativamente, já que a ideia não é bem aceita entre parlamentares das duas Casas.

À revelia

O adiamento anterior, em 24 de abril, à revelia do presidente da Câmara, piorou a desgastada relação de Pacheco com Arthur Lira (PP-AL).

Meio caminho andado

Entre os impasses, Lula cobrou apreciação dos vetos após o Congresso votar o golpe do DPVAT, que garante R$15 bilhões para o governo torrar.

Golpe baixo

O crédito bilionário entrou nas negociações entre governo e Congresso. Há promessa de usar parte disso para custear emendas parlamentares.

Rateio

O Planalto trabalha para recompor R$3,6 bilhões das emendas vetadas por Lula, R$2,4 bilhões para a Câmara e o restante para o Senado.

Avaliação de Lula cai no Brasil com medo de falar

Pesquisas divulgadas nesta terça (7) demonstram que a maioria dos brasileiros não está satisfeita com o governo Lula (PT), muito menos com o clima de censura que domina o País. Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), o petista perdeu seis pontos na sua aprovação, que está no menor patamar desde a posse: 37,4%. Já o Paraná Pesquisas apontou que 61% dos brasileiros se dizem com medo de ser punidos por falar – ou escrever – o que pensa.

Líderes de opinião

Na faixa etária entre 35 e 44 anos, quase dois terços dos entrevistados (65,1%) têm receio de punição por exercerem a liberdade de expressão.

Pior patamar

O número de brasileiros que descrevem o governo Lula 3 como “regular” também está no pior patamar desde a posse: 30,5%. Alta de 3 pontos.

Só piorando

Pesquisa da CNT indicou que Jair Bolsonaro tinha 35% de aprovação na última pesquisa como presidente. Na margem de erro, Lula já empata.

Conta outra

Reclamar de “fake news” dos outros é a última de Lula, que ontem usou a emissora de TV do governo atacar os críticos. Logo ele, cuja falta de compromisso com a verdade de fatos e dos dados oficiais virou piada.

Bye, bye Brasil

A meta de superávit adiada para 2026 fez do “arcabouço fiscal” peça de ficção e fez a Verde Asset Management, de Luis Stuhlberger, lenda do mercado financeiro, trocar o risco Brasil pelos Tips (Tesouro dos EUA), que agora concentram 40% do patrimônio líquido do fundo.

Tome tento, Haddad

Investidores estrangeiros já retiraram, só este ano, mais de R$32 bilhões da bolsa de valores do Brasil. Tem a ver com a perda de credibilidade do governo Lula (PT) e com condições mais seguras e vantajosas nos EUA.

Baixou hospital

Internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro cancelou a agenda de compromissos de maio. A internação decorre de um quadro grave de erisipela, inflamação da pele na perna.

Proibição e preconceito

O ministro Ricardo Lewandowski (Justiça) vai receber deputados da Frente Evangélica para tentar contornar o mal-estar provocado pela proibição, pelo ministério, de pregação religiosa em presídios.

Deu ruim

Curtindo show da Madonna, no Rio de Janeiro, enquanto Rio Grande do Sul e Santa Catarina são castigados pela chuva, o senador Jorge Seif (PL-SC) usou a tribuna do Senado para pedir desculpas ao eleitorado.

Sumiu, querida?

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) perguntou por onde anda a ex-presidente Dilma Rousseff, que fez carreira no Rio Grande do Sul e hoje preside o banco dos Brics, “cadê o pix, querida?”. Ela se finge de morta.

Socorro de Milei

O governo de Javier Milei disponibilizou 20 militares, cães da Polícia Federal argentina, mergulhadores, purificadores de água, além de um avião e três helicópteros para ajudar na tragédia do Rio Grande do Sul.

Pensando bem…

…se vetar tragédia, o veto será derrubado pela realidade.

PODER SEM PUDOR

Sonho compartilhado

Candidato a senador em 1986, Mauro Benevides estava em um palanque na praça dos Franciscanos, Juazeiro do Norte (CE), quando o candidato a deputado estadual Marcus Fernandes contou a lorota em forma de “sonho”: “Sonhei que Padre Cícero Romão Batista baixava num monte nuvens diante de mim e, com aquela voz tonitruante, que só os santos possuem, apontou pra mim e disse: ‘Marquinhos tu és um dos meus!’” Reza a lenda que Benevides cutucou o orador e implorou, ao pé do ouvido: “Marquinhos, por favor, me bota nesse sonho!…”

(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)

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