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Semana de grandes prejuízos para a economia brasileira

Começamos a semana com a inesperada notícia que o PRESIDENTE LULA havia
passado por uma cirurgia urgente no crânio na noite de segunda-feira, o que o tirou das negociações para aprovação pelo Congresso do pacote de REDUÇÃO de GASTOS
proposto pelo Governo. Com isso a tramitação emperrou no Congresso. Não se sabe ainda quando o LULA poderá voltar a rotina normal de trabalho na Presidência da República.

Quarta-feira o COPOM decretou novo aumento de 1% na TAXA SELIC, elevando-a para 12,25% a.a. Só esse 1% representa um aumento na DÍVIDA PÚBLICA DO TESOURO FEDERAL de R$ 85,18 bilhões em um ano. Isso terá de ser pago pela população através de recolhimento de tributos. É bem mais do que o possível DÉFICIT PRIMÁRIO de arrecadação que poderá ocorrer este ano. Isso é como apagar incêndio jogando mais gasolina no fogo.

A LUTA do Parlamento para abocanhar maior fatia do orçamento em emendas
parlamentares, quando é necessário diminuir os gastos do Tesouro, tem mantido
imobilizados os trabalhos para aprovação do pacote de redução de gastos do Governo.

Outras manobras diversionistas como convocação do ministro da Justiça para falar em
Comissão da Câmara sobre indiciamentos de Deputados pela Polícia Federal em razão de acusações feitas da tribuna da Câmara contra a honra de Delegado da Polícia Federal, também tem servido para tirar o foco da aprovação de matérias importantes para o interesse da Nação.

Esses fatos dominaram as notícias nacionais e ofuscaram outros fatos importantes ocorridos como: a assinatura do ACORDO DE COMÉRCIO DO MERCOSUL COM A UNIÃO EUROPEIA, que nos próximos anos influira importantes parcelas de nosso comércio internacional; o fato de em outubro termos tido SUPERAVIT PRIMÁRIO DE ARRECADAÇÃO FEDERAL de R$ 40,811 bilhões; o IBC-BR divulgado pelo Banco Central registrou crecimento do PIB em outubro de 0,1%, o que já eleva o crecimento do PIB nos dez primeiros meses deste ano a 3,2%.

Ainda temos novembro e dezembro que são meses que costumam apresentar forte crescimento em razão da entrada em circulação do 13* Salário do SETOR PRIVADO e dos funcionários Estaduais e municipais.

Devemos ter em conta que no início deste ano o “mercado,” através do BOLETIM
FOCUS previa crecimento do PIB de 1,52%. É um erro de enrubecer “santo de pedra”.

Vivemos, infelizmente, um momento de extremos e confrontos, não só no Brasil, mais
em muitos lugares do mundo: a guerra RÚSSIA X UCRÂNIA; ISRAEL X PALESTINOS; derrubada do DITADOR SÍRIO; confronto na França em que esquerda, direita e centro não se entendem para nomeação do Primeiro Ministro (e com isso o País está afundando sua a economia com prejuízos para a população); pressão da CHINA sobre TAIWAN; etc.

Nos Estados Unidos em pouco mais de um mês assumirá um novo Presidente que
promete grandes modificações na Política Externa do País. Dada a importância dos Estados Unidos no mundo, dependendo do que ocorrer poderá afetar a economia de muitas nações. Vivemos uma era de incertezas.

No que concerna ao Brasil que ainda tem 27% da sua população na pobreza e que só
reduzirá esse percentual se conseguir um forte crescimento anual do PIB, de maneira
continuada e persistente, teremos de estabelecer uma trégua entre os extremos; baixar os JUROS DA SELIC (é necessário convencer os operadores da Política Financeira, nas
pessoas da DIRETORIA DO BANCO CENTRAL, que somente com crescimento econômico consistente e superávits de arrecadação tributária o Brasil conseguirá honrar a DÍVIDA PÚBLICA e tirar toda a população da miséria com o pleno emprego e melhoria da renda individual). Isso não é possível conseguir com política econômica contracionista através de altos JUROS da SELIC hoje praticados.

A contenção da INFLAÇÃO se faz com regularidade de suprimentos e equilíbrio do
Câmbio que é o setor em que o BANCO CENTRAL tem falhado recorrentemente. Entre os muitos males de nossa economia temos no Sistema Financeiro Brasileiro uma das maiores concentrações do mundo, sem analogia em nenhum País capitalista atual.. Veja que as seis maiores instituições financeiras do País concentram mais de 83%
da atividade bancária.

É uma centralização absurda. Veja os lucros de cada uma comparados a outros setores da economia. Essa concentração tem um imenso poder de pressionar o Governo é o próprio BANCO Central para cada vez mais atender seus insaciáveis desejos.

Veja os juros para os empréstimos pessoais as famílias através de financiamentos bancários a 5% ao mês, e Cartões de Crédito a custos superiores a 400% ao ano, diante de uma INFLAÇÃO ao redor de 4,5%. Isso é um escândalo inominável. Também sofrem essa situação as PEQUENAS EMPRESAS que representam 27% do PIB e que estão trabalhando só para engordar os lucros dos Bancos.

Para desatar esse “no cego” que estrangula nossa economia, não conseguiremos fazer por confronto. É preciso estabelecer uma ampla negociação para a busca de soluções de longo prazo que permitam: crescimento econômico do PIB consistente e continuado; redução dos juros; Superávit Primário de Arrecadação Tributária; ganho real de salários; equilíbrio do Câmbio; manutenção de baixa inflação; e distribuição mais equânime da carga tributária.

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