Sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de outubro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O presidente Michel Temer enfrenta esta semana mais um obstáculo jurídico, talvez o derradeiro, na maratona que busca reencaminhar o projeto de reformas para consolidar a segurança jurídica dos investimentos na economia brasileira. Para o julgamento que o plenário da Câmara dos Deputados fará sobre a admissibilidade da denúncia apresentada pelo ex-procurador-geral da República, Michel Temer conta com três trunfos.
Os três trunfos de Michel Temer
Três pontos positivos, em favor do presidente Michel Temer, se destacam neste cenário: a inclusão pela PGR nesta denúncia, de fatos anteriores ao seu mandato atual, o que enfraquece o seu teor junto à base aliada e amplia a perspectiva de uma larga margem de votos favoráveis. Os outros dois fatores, são a articulação política firme, coordenada pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, em sintonia com o ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, e o rol de êxitos colhidos pela política econômica posta em execução sob a coordenação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Boas notícias da economia
Notícias como a retomada dos empregos, segundo dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) em contraste com a queda sistemática nos postos de emprego que vinha ocorrendo até a aplicação das atuais medidas econômicas, o aumento da arrecadação de impostos, impulsionada pelo último Refis, a retomada dos investimentos das montadoras de veículos estrangeiras, após o fim do programa Inovar-Auto, e o parecer de analistas de mais de duas dezenas de bancos internacionais indicando que, mantido o atual cronograma econômico, o ano de 2018 manterá o cenário de juros baixos.
Dificuldades na base
Uma das dificuldades, que inibem a expansão do número de votos pró-governo na análise das denúncias pela Câmara dos Deputados, está no racha que ocorre dentro do PSDB. O partido comanda quatro ministérios atualmente: Relações Exteriores (Aloysio Nunes), Cidades (Bruno Araújo), Direitos Humanos (Luislinda Valois) e Secretaria de Governo (Antônio Imbassahy). E na primeira votação da admissibilidade da denúncia, em agosto, teve 21 votos contrários ao presidente Temer. O governo tem prestigiado o ministro Imbassahy, que antes de ocupar o ministério, foi o líder do PSDB na Câmara dos Deputados.
Credibilidade política de Eliseu Padilha
Dois deputados federais gaúchos que integram a base do governo, ao embarcarem neste domingo para Brasília, confidenciaram ao colunista que respeitam o trabalho do ministro Antônio Imbassahy, mas preferem dialogar com o Chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. A razão, segundo o testemunho de ambos: “o ministro Padilha cumpre acordos”.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.