Terça-feira, 14 de janeiro de 2025
Por Cláudio Humberto | 14 de janeiro de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Não bastassem todas as mordomias e os polpudos vencimentos que a turma do Senado tem garantidos rigorosamente todo mês, as horas extras são um atrativo a mais que engordam os salários de quem consegue uma boquinha por lá. Apenas em dezembro, o pagador de impostos bancou mais de R$2,3 milhões em horas extras aos trabalhadores da Casa. Os pagamentos são astronômicos, quatro funcionários, por exemplo, receberam mais de R$12 mil cada.
A justificativa
Os quatro mais bem indenizados trabalharam em comissões, em serviço de operação de áudio de plenários e em serviço de apoio ao plenário.
Exército de aspones
Ao todo, 700 funcionários receberam a mais pelas horas trabalhadas em gabinetes de senadores, comissões, liderança, presidência etc.
Bolso cheio
A liderança do governo Lula pagou R$8,9 mil em horas extras. A quantia foi dividida entre quatro servidores que trabalham no gabinete.
Grana alta
Na presidência do Senado, o gasto foi maior. O pagador de impostos bancou R$30,9 mil em horas extras para cinco funcionários.
Advogados desconfiam de concurso dos Correios
Advogados que prestaram o concurso dos Correios desconfiam do certame, que divulga o resultado nesta terça-feira (14), e estudam até judicializar o edital. Levantamento obtido pela coluna mostra que ao menos 197 advogados foram desligados desde 2013, mas a o edital 271, de outubro passado, prevê a contratação de apenas 60 defensores. Curiosamente, no apagar das luzes de 2024, os Correios fecharam contrato com uma banca e terceirizou os serviços de advogados.
Apagar das luzes
O contrato, com a Peixoto e Cury, foi celebrado, sem licitação, em 19 de dezembro de 2024 e deve vigorar por um ano.
Só piora
Pelos serviços contratados, os endividados Correios, com déficit de mais de R$2 bilhões no último ano, vão desembolsar ao menos R$137,7 mil.
Fala, Correios
A estatal afirma que o número de vagas está alinhado às necessidades e que a contratação da banca é regular e estratégia comum de empresas.
Só diplomatas
O presidente Lula não foi convidado para a posse de Donald Trump, dia 20. Ao contrário de Jair Bolsonaro e o presidente argentino Javier Milei. O convite de Trump foi direcionado ao corpo diplomático brasileiro.
W.o
Na Assembleia do Rio de Janeiro, o caminho está pavimentado para a recondução de Rodrigo Bacellar (União) ao posto de presidente da Casa. Articulado, o deputado estadual deve ter candidatura única.
Boquinha suspensa
A Justiça suspendeu os pagamentos milionários aos conselheiros e procuradores do Tribunal de Contas do DF. Teve conselheiro que ganhou mais de R$1 milhão a título de “acúmulo de acervo processual”.
Painel Covid
Dados do Ministério da Saúde registram 16.504 novos casos de Covid-19 entre 01 e 04 de janeiro deste ano. A maioria, 14.228 registros, está no Estado de Goiás, que acumula 2.074.746 casos.
Ponte
Na correção de rumo que Sidônio Palmeira vai fazer na Secom está o contato com as assessorias dos ministérios. Sob Paulo Pimenta, o diálogo com as pastas era precário, beirando o inexistente.
Ruim pro PT
Levantamento do Paraná Pesquisas aponta que em uma eleição sem Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), o petista Fernando Haddad (18,1%), perderia para Tarcísio de Freitas (26,6%) e até Ciro Gomes (23,7%).
Quer punição
A ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) disse que vai acionar a comissão de ética do PT contra o vice-presidente da sigla, Whashington Quaquá, que tem defendido a inocência dos irmãos Brazão.
Haja saco
A Justiça Eleitoral divulgou calendário das propagandas partidárias deste ano. Às terças, quintas e sábados, serão veiculadas as propagandas nacionais. Segundas, quartas e sextas, são as inserções estaduais.
Pergunta no Planalto
O problema do governo Lula é propaganda ruim?
PODER SEM PUDOR
Bornal, eleitor decisivo
Eleito para o governo de Minas, em 1946, Milton Campos enfrentou um quadro muito comum a governadores recém-eleitos: sua maioria na Assembleia Legislativa era precária: um voto. Repórter iniciante, José Aparecido de Oliveira perguntou ao governista Virgílio de Melo Franco:
– Como vai ser a eleição para presidente da Assembleia?
Melo Franco respirou fundo e ensinou:
– Meu filho, essa gente não resiste ao cheiro do bornal…
Abrindo ou não o bornal, o governo ganhou a disputa. Por um voto.
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos – Instagram: @diariodopoder)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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