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Economia Senado usa sabatina de Gabriel Galípolo para mandar recados ao governo sobre dobradinha com o Supremo

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Gabriel Galípolo foi indicado por Lula para ocupar a presidência do Banco Central. (Foto: Washington Costa/MF)

A falta de definição da data da sabatina de Gabriel Galípolo na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) nada tem a ver com o perfil do indicado para o Banco Central (BC). Galípolo já angariou apoios, inclusive da oposição, e arrancou frases de adversários do governo que dão uma ideia de que dificilmente ele terá problemas numa votação na Casa.

Ciro Nogueira, por exemplo, disse que o ex-número 2 da Fazenda tem todo seu apoio. Mas, afinal, o que está por trás da enrolação do Senado para sabatinar o indicado de Lula? Tal qual o comportamento de uma criança, senadores usam a indefinição da data da sabatina para chamar atenção do Planalto e mandar recados. É como se o Senado estivesse dizendo: “Não é você, Galípolo: somos nós. É o STF. São as nossas emendas. É Lula”.

Senadores estão irritados e seguem desconfiados, assim como na Câmara, de que está um curso um jogo combinado, uma operação casada entre Executivo e STF no caso das emendas, decisão de Dino, e no apoio público do presidente Lula à decisão do ministro Moraes no caso Musk.

O Senado quer cada vez mais pautas anti-STF e se irrita com o que considera alinhamento do governo com o Judiciário pois se sente ameaçado. Já que é ano de eleição e a agenda do governo no Congresso só deve ser retomada em 2025, o Senado aproveitou a pauta da indicação da sabatina para mandar seus recados de insatisfação e ameaça deixar a sabatina do indicado para o BC para depois das eleições.

Pacheco ponderou a Lula preocupação com período eleitoral para a sabatina. Segundo o blog apurou, o presidente do Senado tem repetido a interlocutores pressão de senadores por medidas para frear o STF. E que está tentando contornar o clima para aprovar medidas do governo, que veem como aliado à corte. Pacheco vai avaliar se conseguir reunir cerca de 60 senadores antes das eleições para colocar a sabatina de Galípolo para andar.

Além disso, os parlamentares aproveitam para marcar posição na rejeição de Padilha como interlocutor político. Preferem Jacques Wagner no comando, por exemplo. O vai e vem da data da sabatina de Galípolo, portanto, é um spoiler do que o Senado deve fazer com o governo nos próximos anos, principalmente se eleger maioria bolsonarista em 2027. Ou seja, no meio do caminho das urgências da sociedade há a prioridade dos parlamentares: seus interesses particulares. As informações são do blog da jornalista Andréia Sadi.

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