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Notícias Senador Cid Gomes quer se filiar ao PT, partido que seu irmão Ciro Gomes considera inimigo

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Encontro com o presidente Lula deve ocorrer ainda esta semana. (Foto: Reprodução/Instagram)

O senador Cid Gomes (PDT-CE) afirmou que vai procurar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para avaliar a possibilidade de se filiar ao PT. O parlamentar trava uma disputa desde o ano passado, dentro do PDT, com o irmão e ex-presidenciável Ciro Gomes em relação a alianças com os petistas a nível nacional e estadual. “Vou procurar o presidente Lula esta semana para conversarmos”, afirmou o senador.

Na sexta-feira, o ministro da Educação, Camilo Santana, que é senador licenciado pelo PT do Ceará, havia afirmado que a legenda está de “portas abertas” para o parlamentar. O ministro disse ainda que falou sobre o assunto com Lula nesta semana.

“Eu estive com o presidente Lula esta semana, e ele me pediu para fazer o convite ao senador Cid, que as portas do partido estão abertas caso ele queira se filiar ao PT”, declarou Camilo ao participar da inauguração de uma obra em Fortaleza.

Apesar disso, não há unanimidade no PT para receber Cid Gomes. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), minimizou a fala do ministro e disse se tratar apenas de “uma gentileza”. Também há conversas do senador com o PSB e o Podemos. — Nenhuma (chance de Cid se filiar ao PT). Uma simples gentileza — assegurou Guimarães.

Aliança e desavença

Camilo e Cid estão unidos desde as eleições de 2006 quando o hoje pedetista conquistou o Governo do Estado. Ao longo da gestão de Cid Gomes, Camilo ocupou as Secretarias de Cidades e do Desenvolvimento Agrário e, em 2014, foi escolhido candidato ao Palácio da Abolição em uma ampla aliança liderada pelo PT e PDT.

Camilo se reelegeu em 2018 e, nas eleições de 2022, o PDT rompeu a aliança com o PT, mas Cid apoiou à candidatura do petista ao Senado.

A eleição de 2022 ficou marcada pelo distanciamento de Cid com o PDT. Ele rejeitou a candidatura do ex-prefeito Roberto Cláudio ao Palácio da Abolição e, no início do novo ciclo administrativo estadual, defendeu o apoio do PDT ao Governo Elmano, contrariando a orientação do irmão, Ciro.

A crise no PDT se aprofundou e o partido perdeu no Ceará 43 prefeitos, enquanto 10 deputados estaduais e quatro deputados federais receberam carta de anuência para deixar a sigla.
Sem ambiente no PDT, Cid Gomes passou a construir um novo caminho partidário sintonizado com o Ministro da Educação, Camilo Santana.

Ciro e Cid Gomes discordam sobre os rumos do PDT. Após uma queda de braço com o partido pelo comando do diretório estadual da legenda no Ceará, Cid tem estimulado uma debandada no PDT. Entre os dissidentes estão o prefeito de Sobral, Ivo Gomes, e a deputada estadual Lia Gomes, que são irmãos de Cid e Ciro.

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