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Senador consegue assinaturas de CPI para investigar a Confederação Brasileira de Futebol e o Comitê Olímpico Brasileiro

Jorge Kajuru conseguiu o apoio de 50 colegas para apresentar o requerimento de criação da CPI. (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) conseguiu o apoio de 50 colegas para apresentar um requerimento de criação de uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) para investigar o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

No documento, Kajuru solicita que a comissão tenha 11 titulares e sete suplentes e um orçamento de R$ 110 mil para, em 180 dias, “investigar a prestação de contas referente ao período de 2008 a 2018, de convênios, contratos, patrocínios e parcerias firmados entre a Administração Pública Federal, direta e indireta, com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e as confederações de desportos a ele ligadas, bem como a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em razão da realização dos grandes eventos esportivos promovidos pelo Brasil nesse período”.

Para ser criada, a CPI precisa ser acatada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que já engavetou uma comissão, a da Lava Toga, que teria como objetivo investigar integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal).

Segundo Kajuru, ao relegar o esporte a clubes e associações esportivas, o Estado acabou concedendo benesses a alguns e se furtou do dever de fiscalizar as gestões e, principalmente, de punir crimes cometidos.

“A situação se agrava quando os gestores responsáveis pelas associações e clubes passam a agir em nome de seus interesses pessoais em detrimento da responsabilidade social que têm e, com mais gravidade, utilizando recursos públicos em próprio proveito”, diz o senador ao justificar o pedido de criação da comissão.

Tetra

Os 25 anos do tetracampeonato mundial conquistado pela Seleção Brasileira em 1994, nos Estados Unidos, foram celebrados em duas grandes festas: uma organizada pela CBF no dia 13 de julho e outra promovida pelos próprios ex-atletas, sem nenhum cartola envolvido, no dia 17, em um hotel em Ipanema, no Rio. O principal protagonista da conquista, Romário, faltou em ambas as ocasiões.

O ex-atacante e hoje senador havia faltado na primeira homenagem por desavenças com a CBF, mas era aguardado na festa fechada para até 80 convidados e chegou a manifestar no grupo de WhatsApp dos campeões o desejo de comparecer. Ele, no entanto, não apareceu, o que deixou os velhos parceiros surpresos. A assessoria do senador informou que a sua ausência foi um “posicionamento contrário à gestão da CBF”, ainda que não houvesse nenhum cartola da entidade no local.

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