Segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de março de 2016
A PF (Polícia Federal) monitorou uma conversa entre o advogado Roberto Teixeira, compadre de Luiz Inácio Lula da Silva, e o senador Jorge Viana (PT-AC) – irmão do governador do Acre, Tião Viana (PT), em que ele defende que o ex-presidente deveria “desacatar” o juiz federal Sérgio Moro, dos processos da Operação Lava-Jato, para se transformar em um “preso político”.
“Eu acho que a fala do presidente foi boa, mas ela foi muitos tons abaixo do que deveria ser”, afirmou o senador para o compadre de Lula. Era dia 4 de março, quando foi deflagrada a Operação Aletheia – 24 fase da Lava-Jato – e o ex-presidente levado coercitivamente para pela Polícia Federal. Após deixar o aeroporto de Congonhas (SP), onde foi ouvido, o petista seguiu para a sede nacional do PT onde fez um duro discurso contra as autoridades e contra as apurações.
“Olha a minha ideia… falei até com o Damous. Talvez seja a única oportunidade que o presidente tem de por fim à essa perseguição, essa caçada contra ele”, disse Viana para Teixeira. “Lamentamos que estejamos vivendo uma inversão de valores no País que põe em risco o ambiente de paz que duramente conquistamos. A crise política e econômica só será vencida pelo diálogo e pelo respeito à lei e a Constituição”, afirmou, em nota, Viana.