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Colunistas Senador Eduardo Girão quer mobilização popular para presidir a CPI da Pandemia

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Parlamentar vai disputar nesta terça-feira o comando da Comissão. (Foto: Divulgação/Senado)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Depois que o senador Omar Aziz confirmou que, se eleito presidente da CPI da Pandemia, graças a um acordo entre os partido, convidará o senador Renan Calheiros (MDB-AL) para relator, aumentaram as chances do senador Eduardo Girão (Podemos-CE) na disputa pela presidência da Comissão, nesta terça-feira (27).

Calheiros, por sua vez, anunciou que vai se reunir com Lula, o ex-presidiário que controla o STF, e que já convidou ao ex-senador Romero Jucá (MDB) para assessorar a CPI. Para o senador, esse apoio é importante para “furar” o que ele chamou de “acordão” existente na definição do comando da Comissão.

Eduardo Girão busca apoio popular

Ao oficializar sua candidatura à presidência da CPI da Pandemia, Girão pediu, em pronunciamento, que a sociedade se mobilize em torno da sua pretensão de concorrer ao cargo:

“Quero deixar muito claro que seria uma covardia com o povo brasileiro, um desrespeito, uma desumanidade, fazer uma CPI com algum tipo de interesse político-eleitoreiro para 2022. A população não merece isso de nós, em um momento de tanta dor, de tanto sofrimento na questão da saúde pública, na questão do desemprego que assola o nosso país e da fome. Então, não é hora de fazer política. É hora de deixar a política de lado e procurar salvar vidas e poupar sofrimento e buscar a verdade, com muita responsabilidade.

Romero Jucá vai assessorar a CPI

Jucá , convidado para assessorar a CPI, está à vontade entre Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros. Ele foi denunciado em março pelo Ministério Público, por receber propina de R$ 10,6 milhões das obras civis da usina nuclear de Angra 3 – está, portanto, no mesmo nível de Aziz (denunciado por desvios de R$ 260 milhões da saúde do Amazonas) e de Calheiros (respondendo a 43 inquéritos da Polícia Federal e a oito processos no STF). Há uma sintonia entre eles.

Justiça veta Renan Calheiros na CPI

O fato novo ocorreu ontem, com a decisão do juiz Charles Renaud, da 2ª Vara Federal de Brasília, que atendeu ao pedido de liminar em ação popular movida pela deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) e suspendeu a indicação de Calheiros para a relatoria da CPI da Pandemia. Nas suas alegações, Carla levantou a evidência de que o senador é suspeito por diversas razões: sua ligação com o governador de Alagoas (Renan, seu filho) e investigações em oito inquéritos por corrupção que tramitam no STF, por exemplo.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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