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Colunistas Senador Hamilton Mourão: “Nem Hitler ousou isso no começo de sua ascensão ao poder”

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Senador Hamilton Mourão alerta para o movimento que pretende “suprimir a oposição no Brasil”. (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) comentou da tribuna, o fato que movimentou o noticiário da quinta-feira: o ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou ontem (8), o cumprimento de uma operação da PF (Polícia Federal) cujos alvos foram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados por suposta tentativa de golpe de Estado. A ação cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares.

A fala do senador Mourão

Sobre o fato, o Senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) publicou na sua rede social do X:O País vive uma situação de não normalidade. Inquéritos eternos buscam ‘pelo em ovo’, atacando, sob a justificativa de uma pretensa tentativa de golpe de Estado, a honra e a integridade de Chefes Militares que dedicaram toda uma vida ao Brasil. Enquanto isso, os ladrões de colarinho branco são anistiados e a bandidagem comum aterroriza a população que vive sob o signo da total insegurança.”

Na tribuna do Senado Federal

Em um pronunciamento firme na tribuna do Senado Federal, Hamilton Mourão avaliou as novas operações ocorridas no País, por ordem do Supremo Tribunal Federal, lamentando o fato de que “o nosso país vive uma situação de não normalidade. E, se as pessoas responsáveis e sérias não se reunirem para avaliar, diagnosticar e denunciar o que está acontecendo, não tenho a mínima dúvida de que nós estamos caminhando para a implantação de um regime autoritário de fato no país”.

Mourão disse que “o que se vislumbra nessa onda de prisões e apreensões deflagrada hoje é a intenção de caracterizar as manifestações da população como fruto de uma conspiração golpista, desqualificando, portanto, toda e qualquer forma de protesto contra o estado de coisas que até 2016 tinha se instalado no Brasil sob a tutela da corrupção e hoje, lamentavelmente, sob o arbítrio da nossa Suprema Corte”.

Recursos protocolados no TSE estão previstos na lei

O senador Hamilton Mourão comentou os recursos protocolados junto ao TSE, pedindo apuração de possíveis irregularidades no processo eleitoral, lembrando que “desde os recursos sobre o resultado das eleições, cabíveis na forma da lei, até as manifestações, incluindo propositalmente outras apurações, como cartão de vacina, 8 de janeiro, etc., tudo está sendo misturado para alcançar indistintamente opositores políticos, inclusive o principal partido de oposição. As medidas persecutórias variam conforme as circunstâncias, cassando uns, prendendo outros, mas não escondem o seu objetivo final: a supressão da oposição política no país. Penso que temos que nos reunir e publicamente – e enfatizo isto – denunciar esse ato para nos afastar claramente de qualquer postura que seja radical, de ruptura, mas temos que repudiar os fatos que estão ocorrendo. Nenhuma – e aqui eu deixo claro: nenhuma – suposta ameaça ao Estado democrático de direito justifica tal devassa persecutória ao arrepio da lei. Não vivemos na União Soviética, não vivemos na China comunista, não vivemos em regimes totalitários, mas estamos caminhando para isso. No caso das Forças Armadas, os seus comandantes não podem se omitir perante a condução arbitrária de processos ilegais que atingem seus integrantes ao largo da Justiça Militar. Existem oficiais da ativa sendo atingidos por supostos delitos, inclusive oficiais generais. Não há o que justifique a omissão da Justiça Militar”.

“Nem Hitler ousou tanto”, afirma Hamilton Mourão

“Nem Hitler ousou isso no começo de sua ascensão ao poder, limpando a área naquilo que ficou conhecido como o caso Fritz, que foi a demissão do então Chefe do Estado-Maior do Exército alemão. Acredito que temos que estar articulados. E aqui conclamo a todos que, por meio de palestras, entrevistas, artigos, postagens na rede sociais, possamos mobilizar a sociedade e que cobremos, de forma pacífica e dentro da lei, esses arbítrios que o STF vem cometendo. Na verdade, lamentavelmente a Suprema Corte se torna instrumento das oligarquias regionais que querem subjugar o país ao seu jogo de corrupção e no qual o Partido dos Trabalhadores, com todo o seu histrionismo, não passa de uma fachada para que os verdadeiros donos do poder façam o que querem e bem entendem. Se analisarmos a história do Brasil, é quase uma volta a 1922, uma revanche histórica das oligarquias contra tudo que as desafiou naquele momento. É extremamente preocupante uma vez que a mera observação da precipitação dos acontecimentos, cada vez mais traumáticos, indica a possibilidade lamentável de um confronto de gravíssimas consequências. Perseguem-se homens de honra que dedicaram sua vida ao serviço da pátria, ao mesmo tempo em que corruptos são aquinhoados com o perdão de suas dívidas e a bandidagem, que massacra a nossa população, está livre nas ruas”, afirmou o senador.

Senador Paulo Paim vota contra urgência no projeto que restringe a “saidinha” de presos

Foi aprovado o requerimento de urgência para votação pelo Senado, do projeto de lei que restringe o benefício da saída temporária para presos condenados. O tema começou a ser debatido a partir do projeto de lei 6579/13 apresentada no Senado Federal, pela ex-senadora Ana Amélia, até chegar ao atual estágio. O senador gaúcho Paulo Paim (PT) votou contrário ao requerimento de urgência aprovado na quarta-feira (7) em Plenário. A previsão é de que o projeto entre na pauta do Plenário na semana após o Carnaval. A votação do projeto vem sendo cobrada pelos parlamentares, especialmente após a morte do policial militar Roger Dias da Cunha, de 29 anos, em janeiro. O autor do disparo estava nas ruas por causa da saída temporária de Natal.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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