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Senador Randolfe Rodrigues consulta o ministro da Defesa e comandantes sobre depoimento de militares em CPI; “Nenhum constrangimento”, responde o ministro

Líder do governo no Congresso recebeu sinal positivo convocar militares. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), escutou do ministro da Defesa, José Múcio, e de comandantes do Exército brasileiro que não há “constrangimento” por parte das Forças Armadas na convocação de militares pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. A conversa se deu às vésperas do depoimento do general Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), marcado para esta terça-feira (26) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos atos antidemocráticos.

“É de conhecimento de todos que existem pedidos tanto da oposição, quanto da base de apoio ao governo, de chamamento de membros das Forças Armadas, do Exército e da Marinha. Vim perguntar ao ministro, na condição de líder do Governo, se existe algum tipo de constrangimento e digo em alto e bom som que recebi como resposta do ministro Múcio, como dos comandantes militares, não há constrangimento nenhum”, disse Randolfe.

A fala do senador foi feita ao lado de José Múcio Monteiro Filho, no Ministério da Defesa.

“Absolutamente nenhum constrangimento. Antes que ele falasse qualquer nome, nós dissemos que não”, respondeu o ministro.

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Cristiano Zanin negou pedido da defesa do general para faltar à CPI mas autorizou o militar a ficar em silêncio na Comissão. Na decisão, o ministro ressaltou que o general, na condição de testemunha, deve se manifestar sobre fatos ou acontecimentos relacionados à CPI, mas assegurou que ele fique em silêncio em questionamentos que possam incriminá-lo.

“Foram levantadas inúmeras suspeitas a respeito do envolvimento de membros das Forças Armadas nos crimes praticados no dia 8 de janeiro”, diz o requerimento apresentado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), que pede a ida do general.

O depoimento do ex-ministro da Defesa Braga Netto está previsto para semana que vem. A poucos dias do fim da investigação, prevista para acabar dia 17 de outubro, parlamentares querem ainda convocar outros militares.

Sem data marcada, também estão na mira o almirante Garnier, ex-comandante da Marinha, Paulo Sérgio, ex-ministro da Defesa e ex-comandante do Exército, Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais do governo Bolsonaro.

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