Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 5 de outubro de 2021
"Nós não vamos falar grosso na investigação e miar no relatório", declarou o relator da comissão
Foto: Edilson Rodrigues/Agência SenadoO relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou nesta terça-feira (05) que o relatório final da comissão “com certeza” vai pedir o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro. Ele foi questionado sobre o tema por jornalistas ao chegar à CPI.
“Com certeza será [indiciado]. Nós não vamos falar grosso na investigação e miar no relatório. Ele, com certeza, será sim, pelo o que praticou”, disse o relator. A CPI chegou à reta final dos trabalhos. A previsão é de que o relatório seja apresentado e votado na segunda quinzena deste mês.
Depois que o relatório for aprovado pela CPI, será enviado ao Ministério Público, que decidirá se acata ou não os pedidos de indiciamento. Calheiros declarou ainda que, além do presidente, devem entrar na lista de pedidos de indiciamento também ministros e “aquelas pessoas que tiveram participação efetiva no gabinete paralelo, no gabinete do ódio e todos aqueles que tiveram responsabilidade no desvio de dinheiro público e na roubalheira”.
“Essas pessoas serão responsabilizadas. Nós utilizaremos os tipos penais do crime comum, do crime de responsabilidade, do crime contra a vida, do crime contra a humanidade e estamos avaliando com relação a indígenas a utilização do genocídio”, prosseguiu o senador.
A cúpula da CPI prevê o pedido de indiciamento de pelo menos 30 pessoas no relatório final comissão. A leitura do documento está prevista para o dia 19 de outubro. A votação deve ocorrer no dia 20. Calheiros também afirmou que, a partir do dia 15, terá o relatório pronto e conversará individualmente com cada membro da comissão sobre o texto.