Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Flavio Pereira | 30 de setembro de 2020
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Tal como Lula, o senador Renan Calheiros é conhecido pela invejável rede de amigos e influências que criou em Brasília. Calheiros, já ostenta a medalha de campeão de inquéritos no STF. Já são 17 inquéritos, mas sem nenhuma condenação. Agora ele está às voltas com o ministro Luís Roberto Barroso, que mandou investigá-lo. Desta vez, o foco das apurações são os possíveis desvios no Postalis, o fundo de pensão de funcionários dos Correios. Além disso, ele também é réu em uma ação penal.
E ontem, o ministro Edson Fachin, homologou o acordo de delação premiada de Durval Rodrigues da Costa. Ele relatou ter enviado ao senador Renan Calheiros (MDB-AL) malas de dinheiro com R$ 3,8 milhões, em 2014. O acordo de Durval será usado na Operação Alaska, investigação conduzida pela Polícia Federal que apura pagamentos do grupo J&F a senadores emedebistas em 2014. Ele apresentou documentos comprovando as declarações.
Em 2016, Renan descumpriu decisão do STF
Em 5 de dezembro de 2016, Renan desobedeceu uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, que determinava o seu afastamento imediato da presidência da Casa.
Dois dias depois, em 7 de dezembro, o plenário do Supremo desautorizou Marco Aurélio e decidiu, por 6 votos a 3, manter Renan no comando. O entendimento foi que ele não poderia ocupar a Presidência da República no caso de viagem do então presidente Temer, mas também não precisaria ser afastado da Presidência do Senado
Homofobia é crime que não prescreve. Mas PGR esquece Lula, e mira ministro da Educação
Em junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que homofobia é crime. Por oito votos a três, os ministros equipararam as práticas de homofobia e transfobia ao crime de racismo. O crime será inafiançável e imprescritível, decidiu a Suprema Corte.
Agora, diligente, a Procuradoria-Geral da República se apressou em pedir ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro, por homofobia, baseado em declarações dadas nesta semana pelo ministro ao jornal O Estado de S. Paulo. Na entrevista, Ribeiro, que é pastor presbiteriano, disse que jovens homossexuais são consequência de “famílias desajustadas”. Ele afirmou que “não concorda” com quem “opta por ser homossexual” e defendeu que discussões sobre gênero não ocorram nas escolas.
Frases piores, ditas por Lula, não sensibilizam a PGR
A PGR, ao pedir a interpelação do ministro da Educação, nos faz passar vergonha alheia por criar duas leis: uma para aplicar em personalidades de esquerda e outra para quem é de direita…
O crime de homofobia é imprescritível? A PGR então, esqueceu Lula da Silva, que em momento de sincericídio, perguntou: “Onde estão as mulheres de grelo duro do partido?”. (Perdão aos leitores!). Em outra ocasião, comentou com um companheiro de partido de Pelotas, o deputado Marroni: “Pelotas é uma cidade exportadora de veados”. (Perdão aos leitores por transcrever).
Reina silêncio na PGR.
PF investiga possíveis propinas e fraudes na saúde do Pará
A Farra do Covidão com verbas da pandemia, prevista pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, continua. O Secretário da Saúde do Pará, o gaúcho Alberto Beltrame, que renunciou ao cargo, é um dos alvos da Operação SOS, um desdobramento da Para Bellum, sobre a fraude na compra de respiradores pelo governo de Helder Barbalho.
O esquema de corrupção envolve valores iguais a R$ 1,2 bilhão, segundo a Polícia Federal.
Lembram? no dia 11 de junho, a PF descobriu R$ 750 mil escondidos na caixa d’água do assessor da Secretaria da Saúde, Peter Cassol, braço direito de Beltrame. Os mandados de busca e apreensão desde ontem estão sendo cumpridos por determinação do ministro Francisco Falcão, que identificou “graves indícios de irregularidades”.
Sem ajuda federal, folha dos servidores volta a atrasar no RS
Sem poder contar com nova ajuda do Governo Federal, o Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul só terminará de pagar a folha de setembro dos servidores do Poder Executivo no dia 13 de outubro. O Rio Grande do Sul recebeu em 13 de setembro a última das quatro parcelas de R$ 522 milhões do auxílio emergencial do governo federal para Estados e municípios.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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