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Senadoras não querem mais um homem na presidência do Senado e decidem lançar candidatura feminina

Senadoras Eliziane Gama, Soraya Thronicke e Leila Barros registraram op encontro nas redes sociais. (Foto: Reprodução/X)

O senador Davi Alcolumbre (União-AP), atual favorito à sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na presidência do Senado, deverá ter pelo menos uma mulher como adversária na eleição interna na Casa, marcada para fevereiro de 2025.

Nessa semana, a líder da bancada feminina no Senado, Leila Barros (PDT-DF), conversou com as senadoras Eliziane Gama (PSD-MA) e Soraya Thronicke (Podemos-MS) e decidiu com as colegas lançar uma candidata ao comando da Casa.

O encontro foi registrado nas redes sociais de Eliziane Gama. Sem dar detalhes, a senadora maranhense destacou apenas que foi fechado um acordo para “um grande projeto que mudará para sempre a história das mulheres no Senado”.

Sem revelar informações detalhadas, Eliziane escreveu em sua conta na rede social X (antigo Twiter) que um acordo foi “fechado para um grande projeto que mudará para sempre a história das mulheres no Senado”. A parlamentar anunciou que em breve haverá mais novidades.

Hoje, os nomes de Eliziane e de Soraya seriam os favoritos para serem lançadas como candidatas ao comando do Senado pela bancada feminina. Em mais de 200 anos de história, o Senado nunca teve uma presidente mulher.

“Tenho disposição [para disputar o cargo], mas sei que os passos precisam ser seguidos. Meu primeiro desafio é conseguir essa unidade partidária e a indicação do meu nome. Uma candidatura, é bom que se diga, não pode ser algo individual”, disse Eliziane Gama.

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), ex-relatora da CPI dos atos de 8 de janeiro, iniciou uma campanha para ser a próxima presidente do Senado, no lugar de Rodrigo Pacheco. Apesar disso, ela reconhece que o caminho é longo. Ela admite que precisará construir a unidade do partido em torno de uma candidatura própria e que ainda precisa convencer seus colegas de que ela é o nome certo para essa função.

“Tenho disposição [para disputar o cargo], mas sei que os passos precisam ser seguidos. Meu primeiro desafio é conseguir essa unidade partidária e a indicação do meu nome. Uma candidatura, é bom que se diga, não pode ser algo individual”, disse Eliziane Gama a O Antagonista.

Além de tentar essa unidade dentro do PSD, Eliziane também tentará garimpar apoio com o presidente Lula. A parlamentar atuou na campanha petista e foi uma ponte importante com Lula junto ao eleitorado evangélico.

No Palácio do Planalto, a candidatura de Eliziane Gama é bem-vista porque seria uma forma de arrefecer as críticas de que Lula abandonou as mulheres em postos de comando da Esplanada dos Ministérios.

A última senadora que tentou se lançar presidente do Senado foi a atual ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB). A emedebista disputou a eleição em 2021, quando foi derrotada por Rodrigo Pacheco por um placar de 57 votos a 21.

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