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Política Senadores do partido União Brasil faltam a sessão da CPMI do 8 de janeiro e abrem espaço para Sérgio Moro votar contra o governo

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Moro, que é suplente, poderá realizar discursos e votar requerimentos para convocar ministros ou outras autoridades

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Moro, que é suplente, poderá realizar discursos e votar requerimentos para convocar ministros ou outras autoridades. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Com os dois senadores do União Brasil ausentes da sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro nesta terça-feira (13), o senador Sérgio Moro (União-PR) assumiu pela segunda vez seguida uma cadeira na comissão que investiga os atos praticados nos prédios dos Três Poderes no início do ano.

Opositor ao governo Lula, Moro, que é suplente, poderá realizar discursos e votar requerimentos para convocar ministros ou outras autoridades.

Um dos que se ausentaram foi o senador Davi Alcolumbre (União-AP), que é aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O senador esteve presente somente em uma das três sessões da CPI mista. Já Moro esteve em duas.

A bancada da oposição também teve a presença do senador Izalci Lucas (PSDB-DF).

Além de Alcolumbre, a senadora Soraya Thronicke (União-MS), também não esteve presente.

Todos os parlamentares fazem parte de um bloco composto por MDB, União Brasil, PSDB, PDT e Podemos, que reúne parlamentares que vão de governistas à oposição.

A maior parte da oposição ficou com a suplência, mas tem conseguido participar da CPI por conta da ausência dos governistas que são titulares.

Investigados convocados

A CPMI dos Atos de 8 de Janeiro aprovou os pedidos de convocação de ex-integrantes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, como Anderson Torres, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, Braga Netto, ex-ministro da Defesa, Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Jorge Eduardo Naime Barreto, coronel responsável pelo Departamento Operacional da PM-DF.

Julgamentos em seis meses

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse que, em seis meses, devem ser concluídas as ações penais nos casos mais graves.

Segundo o ministro, 250 casos mais graves – alguns dos quais envolvendo pessoas ainda presas preventivamente ou ligadas diretamente aos atos de vandalismo – devem estar concluídos no prazo de seis meses.

“Pelo menos aproximadamente 250, que são os crimes mais graves, dos que estão presos, estes em seis meses o Supremo vai concluir.”

Alexandre de Moraes é relator de mais de 1,3 mil denúncias ligadas ao 8 de janeiro. Todos os casos tramitam no Supremo sob a justificativa de que parte dos crimes ocorreu dentro do próprio tribunal, além de haver parlamentares sob investigação, o que atrai a competência da Corte, conforme entendimento da maioria dos ministros.

O ministro informou que integrantes de seu gabinete têm se reunido diversas vezes com a equipe da PGR (Procuradoria-Geral da República), que defende o julgamento das ações penais em blocos de 30, levando em consideração o fato de serem as mesmas as testemunhas para vários processos.

“Então vamos fazer blocos de 30”, acrescentou Moraes.

Até o momento, o Supremo aceitou 1.246 denúncias relacionadas ao 8 de janeiro, das 1.390 apresentadas pela PGR.

Todas têm como alvo pessoas que participaram diretamente dos atos ou que os incentivaram a partir de acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.

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