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Senadores dos Estados Unidos expressam “alívio” após desistência de envolvido em escândalo sexual para o cargo de procurador-geral do país

Ex-deputado corria o risco de não ser aprovado pelo Congresso. (Foto: Reprodução)

Alguns membros do Congresso expressaram alívio depois que o ex-deputado Matt Gaetz, desistiu da indicação para o cargo de procurador-geral no governo Trump diante da oposição de republicanos no Senado devido ao seu comportamento passado.

“Havia um sentimento de alívio, é claro, acho que ele fez algo bastante nobre, francamente, uma atitude honrosa ao se retirar por conta própria”, disse o senador republicano de Dakota do Norte, Kevin Cramer, a repórteres no Capitólio na quinta-feira (21).

Gaetz, que renunciou à Câmara dos Representantes dos EUA após ser anunciado pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, como indicado para procurador-geral para seu novo governo, foi alvo de uma investigação do Comitê de Ética sobre alegações de ter tido relações sexuais com uma garota de 17 anos. Ele negou qualquer má conduta.

A nomeação foi um primeiro teste do poder de Trump sobre o Congresso, onde seu Partido Republicano terá maiorias em ambas as câmaras no próximo ano.

“Este é o gabinete do presidente. Ele precisa escolher pessoas em quem tenha confiança e que ele acredite que serão capazes de cumprir sua agenda. Então, ele decidiu que Matt Gaetz não é uma dessas pessoas”, disse o senador republicano do Missouri, Josh Hawley.

Baixa popularidade

Gaetz era impopular entre muitos republicanos, principalmente por ter orquestrado a destituição do ex-presidente da Câmara, Kevin McCarthy, no ano passado, jogando a Câmara em um caos que durou semanas.

Os republicanos no Senado ficaram irritados com a ideia de serem solicitados a votar sobre Gaetz sem ver os resultados da investigação do Comitê de Ética da Câmara sobre as alegações de má conduta sexual.

Gaetz, que foi nomeado na última semana, nunca trabalhou no Departamento de Justiça nem atuou como promotor em qualquer nível de governo. Ele foi investigado pelo FBI por quase três anos por possíveis violações de tráfico sexual, uma investigação que foi encerrada no ano passado sem que acusação alguma fosse apresentada.

O crescente foco nas investigações tornou sua nomeação para chefiar o Departamento de Justiça um ponto de discórdia dentro do Partido Republicano, dificultando sua ascensão ao cargo. Segundo a imprensa americana, Gaetz anunciou sua renúncia à indicação depois de avaliar que não conseguiria os votos necessários para ser aprovado pelo Senado, uma exigência nos EUA para a maior parte dos cargos do primeiro escalão. Como procurador-geral, Gaetz chefiaria o órgão que conduz investigações contra ele próprio.

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