Dois senadores norte-americanos que estão tentando aprovar uma lei que designa a Rússia como um “Estado patrocinador do terrorismo” visitaram Kiev, a capital da Ucrânia, na última semana, para discutir a proposta com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy.
O republicano Lindsey Graham disse, em entrevista conjunta com o democrata Richard Blumenthal, que a lei colocaria a Rússia “na categoria de Irã, Síria e Coreia do Norte”. Graham disse que acreditava que conseguiria apoio quase unânime do Senado dos EUA.
Zelenskiy agradeceu os senadores pelo trabalho e enfatizou a importância de um apoio bipartidário dos EUA.
Blumenthal citou fotos que ele viu de supostas atrocidades das forças russas na cidade satélite de Kiev, Bucha, em março, como evidências de que a Rússia merece a designação. Promotores ucranianos e internacionais estão investigando os responsáveis. “Se aquilo não é terrorismo, não sei o que é”, disse.
Saída de Johnson
A renúncia do primeiro-ministro do Reino Unido Boris Johnson significou a perda de um importante aliado de Zelensky, que chegou a para o agora ex-líder do Partido Conservador depois do anúncio de sua saída. “Todo o meu escritório e todos os ucranianos agradecem a sua ajuda. Não temos dúvidas de que o apoio da Grã-Bretanha será preservado, mas sua liderança pessoal e carisma o tornaram especial”, disse o chefe de Estado ucraniano.
O britânico foi um dos mais convictos apoiantes de Kiev, tendo realizado duas visitas à capital ucraniana (a última das quais, em junho, contribuiu para agravar a crise interna, ao faltar a uma conferência com membros do seu partido). O apoio britânico à Ucrânia alcançou, no final de junho, o valor de 3,8 bilhões de euros.
Invasão russa
As forças russas invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro, e Moscou negar estar tentando atingir civis de propósito. A Rússia afirma ter lançado uma “operação militar especial” no país vizinho.
Na última semana o presidente russo, Vladimir Putin, declarou que a Rússia mal começou na Ucrânia e desafiou o Ocidente a tentar derrotá-lo no campo de batalha, também insistindo que Moscou ainda está aberto à ideia de negociações de paz.